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A delegação de tarefas costuma ser um sofrimento para os empreendedores de pequenas empresas. Eles acham que podem fazer melhor que a equipe ou que as coisas não serão bem feitas sem sua supervisão.
O problema é que essa mentalidade engessa o negócio e impede que ele cresça. Delegar é preciso para fazer a empresa decolar. “A delegação é boa porque cria oportunidades para pensar no estratégico, o fator mais importante”, diz Cynthia Serva, coordenadora do Centro de Empreendedorismo e Inovação do Insper.
Os funcionários, geralmente, ficam responsáveis por quase tudo que é extremamente operacional. “Você pode passar para o funcionário tudo aquilo que for rotina na empresa, do dia a dia”, indica Julio Tadeu, consultor do Sebrae-SP.
Por isso, delegar é saudável e ajuda também a criar um senso de engajamento e motivação na equipe. “O Peter Drucker já dizia que nas empresas do futuro a autoridade seria substituída pela responsabilidade”, recorda Cristian Welsh Miguens, professor da Universidade Anhembi Morumbi.
Por outro lado, nem tudo pode ser passado adiante. Algumas tarefas precisam, sim, de um pouco de centralização, justamente para que a empresa dê certo. “O estratégico não pode ser delegado”, reforça Cynthia. É também de Drucker que vem a lição de como definir o que delegar ou não. “Peter Drucker falava em dividir em três grupos de tarefas: o que está fazendo que não precisa ser feito, o que outro pode fazer e o que estou fazendo que só eu posso fazer”, ensina a professora do Insper.
1. Estratégia
Os manuais de gestão ensinam que os empresários deveriam seguir a regra do 80/20. “É 20% do tempo no operacional, no monitoramento de indicadores para não se afastar completamente, mas 80% tem que ser focado no estratégico”, diz Cynthia.
Cuidar da estratégia do negócio precisa ser função do empreendedor. Ele é o responsável pelos objetivos da empresa e deve executar este tipo de tarefa. “Precisa criar mecanismos para ter controle de resultado sem ter que intervir o tempo todo e pensar a empresa de forma estratégica”, ensina Miguens.
2. Compras e finanças
Principalmente no começo do negócio, é importante que o empreendedor acompanhe de perto as compras. “É chato comprar, mas é seu bolso. Se deixar outro comprar e você só assina o cheque, você vai ser lesado”, diz Tadeu.
Outro ponto que não pode delegar e tem que acompanhar de perto é a área financeira. “Ele pode ter gerente e equipe financeira, mas não pode só delegar, tem que acompanhar periodicamente. Isso está ligado ao estratégico”, explica Cynthia.
3. Reputação
As tarefas que afetam diretamente a reputação da empresa ou comprometem o diferencial do negócio também precisam ficar perto dos empreendedores. “Ele não deve passar o que mexe na reputação da empresa. Se você detém uma fórmula, por exemplo, é melhor não passar para o funcionário ou ele pode virar seu concorrente”, indica Tadeu, do Sebrae/SP.
4. Finanças e planejamento
Se você ainda nem começou a empresa, mas já quer delegar tarefas como o plano de negócio, é hora de repensar. “Tem alguns consultores que trabalham com planejamento que não fazem business plan, não pegam essa tarefa porque se o empreendedor não tem capacidade de desenvolver no macro, ele pode ter problemas na gestão”, diz Cynthia. Conhecer o mercado a fundo e, mais uma vez, pensar estratégia é função do dono.
Em um dos nossos treinamentos trabalhamos esse ponto: Delegação X Adm Tempo X Tríade do Tempo
DHLG - Life & Business
http://www.liderge.com.br/curso/dhlg-coaching
http://www.liderge.com.br/agenda
Especialistas comentam as tarefas que o empreendedor nunca deveria delegar para a equipe
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