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Os primeiros passos na vida adulta e na carreira são fundamentais para a definição dos contornos dos anos vindouros. Por isso, para muita gente, a fase dos 20 e poucos anos tem sido sinônimo de pressão e ansiedade.
É o desespero para conseguir o emprego dos sonhos no dia seguinte à formatura, por um lado, a angústia para ter um currículo incrível, por outro. Ao mesmo tempo em que se almeja como nunca a qualidade de vida - que, neste contexto, vira uma meta cada vez mais distante.
Começar a carreira com um bom emprego é bom. Ter um currículo recheado de experiências de fazer cair o queixo, também. Mas nada disso é fundamental para quem está na faixa etária dos 20 anos.
Nesta fase, segundo especialistas consultados por EXAME.com, o que importa de verdade é conhecer a si mesmo e o mundo ao seu redor. Confira sete desdobramentos desta lógica que podem fazer a diferença quando você atingir os 30 anos.
Primeiro, defina sucesso
Já se foi o tempo em que sucesso era sinônimo de muito dinheiro no banco ou um cargo de chefia no currículo. “Este era o modelo do passado, quando as pessoas eram expectadoras da carreira”, afirma Maria Cândida Baumer, da People & Results. Nesta época, a ideia de conquista na carreira, segundo a especialista, vinha de cima para baixo e, portanto, era definida pela empresa ou sociedade.
Os tempos mudaram. A concorrência por profissionais qualificados entrou para a pauta dos departamentos de RH e o volante das trajetórias profissionais virou uma responsabilidade individual. “Quando saem da lógica de expectador para a de protagonista, as pessoas começam a questionar o que é sucesso para elas mesmas”.
Descobrir, ou melhor, lapidar esta respostas já nos primeiros anos de carreira é fundamental para que os próximos passos não sejam sem rumo.
É fato que as bagagens que carregamos aos 20 nem sempre são suficientes para delinear com clareza onde queremos estar em dez, vinte ou trinta anos. Mas entender o que importa para você, o que te move e o que pode lhe conceder satisfação já é um bom começo.
Para isso, olhe para si mesmo
Por outro lado, é impossível delinear estas respostas se não há uma visão clara sobre si mesmo. Por isso, nesta fase (e em todas as outras, diga-se de passagem), investir em autoconhecimento é fundamental.
Isso implica em um mergulho para dentro de si. Mas não só. Ouvir o que os outros têm para dizer sobre você também conta muitos pontos para o resultado final da análise. “Você precisa ouvir porque do contrário não vai saber o que está fazendo errado”, afirma João Marcelo Furlan, da Enora Leaders.
Peça feedback (sem pudores)
Na década de 50, a dupla de psicólogos Joseph Luft e Harrington Ingham cunharam o conceito da Janela de Johari. A teoria afirma que, entre outras coisas, ninguém é capaz de compreender a si mesmo por completo. Neste sentido, é como se parte da nossa personalidade estivesse restrita a uma espécie de “ponto cego”.
“Existem coisas que você sabe sobre seus comportamentos e outras que você não sabe”, explica Furlan. No entanto, para outras pessoas, tais aspectos sobre a sua personalidade podem ser mais evidentes, de acordo com o especialista.
Com isso, o feedback emerge como uma ferramenta eficaz para que você tenha acesso aos elementos sobre si que ficam na “zona cega”. Afinal, “necessariamente há coisas sobre a gente que os outros sabem”, diz Furlan. Muitas vezes, de uma maneira mais clara do que nós mesmos.
Por caminharem junto, amigos e familiares são ótimas fontes para descrever aquilo que você nunca enxerga sobre si mesmo. “Mas não pode pedir feedback para alguém que passa a mão na sua cabeça. Nesta hora, tem que ser o amigo que vai colocar o dedo na ferida”, afirma Maria Cândida.
Cheque as coordenadas
Com o que você gosta em uma mão e com seu padrão comportamental em outra, confirme se as coordenadas apontam para a “parede que você escolheu para colocar sua escada profissional”, como afirma Alex Bonifácio, autor do livro “Pense Grande”.
“As pessoas começam a vida profissional, geralmente, encantadas por uma área para descobrir aos 40 anos que colocaram a escada na parede errada”, afirma o autor. Ou seja, aproveite seus vinte anos para amadurecer a visão sobre a trilha que você escolheu pisar.
Então, experimente e ... experimente mais um pouco
Este é o momento para desbravar e (seguindo a mesma analogia) testar paredes, a si mesmo, a rota que decidiu trilhar ou outros caminhos no entorno.
Quando fundou a Enora aos 25 anos, Furlan já tinha participado de um programa de trainee no Brasil e trabalhado nas Filipinas. Antes disso, em seus primeiros anos na graduação, fundou o diretório acadêmico da faculdade. “Foi um grande desafio. Fiz muita besteira, mas tive que aprender com essas limitações”, conta.
Na maior parte das vezes, encarar novas experiências significa deixar os espaços que já são confortáveis para caminhar sobre o desconhecido, que amedronta. Mas é nesta transição que reside o aprendizado.
Citando dados do Center for Creative Leadership, Furlan afirma que, a partir de certo momento da vida, os desafios são responsáveis por 70% de tudo que uma pessoa pode aprender. “A variedade de experiências contribui para que a pessoa seja mais completa”, diz Maria Cândida.
Foi o que a ex-CEO do Yahoo! Carol Bartz disse em 2012 aos formandos da Universidade Wisconsin Madison: “Escadas são instáveis. Faça uma carreira em pirâmide com uma base grande porque, se você mudar de ideia, pode fazer coisas diferentes”.
Não se esqueça de fechar ciclos
Isso não significa que, nesta fase da vida, a regra é pular de galho em galho em termos profissionais. “As empresas querem profissionais que entendam e viram [muitas coisas], mas que também conseguiram transformar”, diz a especialista.
Em outros termos, experimente ao ponto de deixar um legado. “Você agrega valor de uma forma consistente e sustentável”, diz Maria Cândida. Quando atingir este nível, provavelmente, já estará perto do fim do ciclo naquela vivência.
Alie-se ao tempo
A sua vida profissional não precisa estar definida no dia seguinte à formatura. Da mesma forma, sua conta bancária não precisa ter bilhões quando você alcançar os 30 anos. Afinal, salvo raras exceções, conseguir um emprego e acumular uma fortuna demandam tempo – como a maior parte das conquistas durante a vida.
O problema é que paciência nem sempre é um adjetivo palatável aos jovens. “Encara-se o tempo como um inimigo a ser vencido quando deveria encará-lo como um aliado”, diz Bonifácio.
Afinal, tudo na vida depende de um período de maturação. A persistência em esperar até que ele finalize é uma virtude que todo mundo deveria cultivar logo nos primeiros anos da vida adulta.
Para especialistas, mais do que buscar o emprego dos sonhos, jovens deveriam se preocupar em conhecer mais o mundo ao seu redor e a si mesmos
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