Banner
Notícias
BRUNO GHIZONI
Todos os dias aparecem novos empreendedores com quatro, oito e até 20 ou mais ideias diferentes, que prometem revolucionar o mundo dos negócios. No entanto, a cartela de opções pode virar uma grande armadilha na hora de se atingir o sucesso esperado. Como o empreendedor geralmente possui recursos financeiros, de tempo e de relacionamento escassos, além da falta de experiência no mercado, concentrar seu foco em mais de um ponto pode ser fatal!
Quando um investidor aporta recursos em uma startup, por exemplo, ele quer que o empreendedor se dedique integralmente a ela. Ao mesmo tempo, se o empreendedor possui outras empresas para “tocar”, passará uma impressão não muito boa e poderá ser visto por muito tempo como um “deal braker”.
Bom, você é empreendedor e possui muitas ideias para o seu negócio. Mas, como saber qual é a melhor? Como tudo no mundo do investimento anjo e do Venture Capital, não existe uma fórmula 100% padronizada. Porém, existem algumas metodologias que ajudam investidores a embasar sua tomada de decisão.
Abaixo, sugiro um modelo que considero o melhor e que muitos investidores (principalmente fundos americanos) utilizam para avaliar ideias inovadoras. Esta metodologia foi desenvolvida por Everett Rogers e lançada no livro “Diffusion of innovations”, de 1962. Mesmo escrito há bastante tempo, o método é uma das teorias mais utilizadas até hoje.
Rogers comenta que há cinco características importantes para que uma inovação seja bem sucedida. São elas:
1. Vantagem relativa
O que é: significa que a inovação proposta é melhor que o produto padrão presente no mercado. O produto que você quer criar precisa entregar uma vantagem efetiva em relação ao que já existe no mercado. Esta vantagem pode ser funcionalidade, preço, usabilidade, etc... Se sua ideia não possui uma “vantagem relativa” talvez seja melhor repensá-la. Exemplo – Não é saudável financeiramente e mercadologicamente criar uma empresa de refrigerante a base de cola para concorrer com a Coca-Cola e Pepsi (ROGERS, Everett, 1962).
2. Compatibilidade
O que é: elenca se o cliente vai assimilar a inovação no dia a dia. O produto que você quer criar necessita ser percebido como uma evolução natural do padrão de mercado. Se você precisar de uma mudança de utilização muito brusca, que implique em um grande esforço educacional, isto não é um bom sinal. É muito importante que o produto responda a seguinte pergunta: meu cliente irá enxergar meu produto como uma evolução natural do mercado?
3. Complexidade
O que é: identifica se o cliente irá saber usar a inovação. O produto que você quer criar permite que o cliente o utilize naturalmente (por lógica de manuseio/intuição). Um produto pode ter vantagem relativa (o cliente tem benefício ao utilizá-lo), ser compatível (isto é, ser percebido como uma evolução do padrão de mercado), mas ser de difícil utilização (o que faz com que o usuário se “canse” e pare de usar no médio e longo prazos). E se o usuário “cansar” (for muito complexo), ele não irá recomendar e muito provavelmente o produto fracassará no mercado.
4. Testabilidade
O que é: identifica se o cliente poderá testar a inovação antes de adquiri-la. Se o cliente puder testar e manusear o produto antes de efetuar a comprar é um ótimo sinal. Quanto mais o cliente puder testar, menor será o seu ciclo de venda (ou seja, o tempo gasto para o cliente adquirir seu produto). Produtos onde o cliente necessita comprar para depois receber e testar podem ser uma grande armadilha (principalmente para a startup – que não possui histórico de mercado, clientes etc...).
5. Observabilidade
O que é: identifica se o cliente ganhará status social com a inovação. Se o produto que você está criando gera “status social”, mais chance de sucesso você terá no mercado. Muitos Fundos e investidores utilizam esta metodologia como base para suas avaliações.
Lembre-se destas cinco importantes características na hora de escolher a ideia do seu produto, e não se esqueça de determinar um “foco” para o seu negócio. Nada sem “foco” sai do papel e gera resultados positivos. Bons negócios!
Você é empreendedor e possui muitas ideias para o seu negócio. Mas, como saber qual é a melhor?
Dicas
-
• 10 dicas para a prospecção de clientes em seu negócio
Confira algumas coordenadas para a prospecção de clientes e encontre os alvos certos para crescer em vendas!
• Gestão Empresarial – Quando as peças não se encaixam...
Muitos empresários perdem o controle de seus negócios por não perceberem a falta de sintonia e engajamento de sua equipe
• Como encontrar os candidatos perfeitos para sua empresa?
As redes sociais são um ótimo auxílio para localizar bons profissionais
• O que vale mais: formação ou experiência?
Para um profissional ser considerado completo, experiência e formação devem caminhar juntas
• Os 5 DNAs do Empreendedor
Realizar o “tripé” dos sonhos é a chave do sucesso: o sonho próprio como empreendedor, o sonho dos clientes e o sonho da sua equipe e parceiros.
• Dicas para você planejar e monitorar as finanças da sua empresa
Consultor da Moore Stephens ressalta a importância desta funçãodas finanças para o pequeno empresário
• Marco Civil da Internet: até quando a neutralidade conseguirá se sustentar?
Para entender melhor, é interessante analisarmos um breve histórico da rede mundial de computadores; Entenda
• O que empreendedores devem saber sobre administração fiscal e contábil?
Prolink Contábil alerta empreendedor a conhecer sobre aspectos contábeis e fiscais para não ter surpresas no futuro
• 10 segredos para se tornar um bom chefe em 2015
Certas atitudes definem um gestor competente e bem sucedido; saiba quais são elas
• Será que você não está sendo duro demais consigo mesmo?
Veja alguns motivos pelos quais você deve se amar (e amar o que faz) com mais força e convicção