Banner
Notícias
Micaela Orikasa
Com as novas tecnologias, muitos paradigmas no universo corporativo estão sendo quebrados. Uma nova realidade no cotidiano de algumas empresas tem sido o home office, conceito de trabalhar em casa.
De acordo com um levantamento da Top Employers Institute no ano passado, 14% das empresas brasileiras possuem programas formais de home office, representando mais que o dobro dos 6% registrados em 2012.
Recentemente, a SAP Consultoria divulgou também uma pesquisa realizada com mais de 200 companhias nacionais e multinacionais de diferentes segmentos e regiões brasileiras. Como resultado, das organizações que mantém o home office, 42% apresentou uma política estruturada, sendo a maior parte delas existentes a menos de cinco anos.
O estudo ainda mostrou o perfil das empresas. Grande parte delas tem origem internacional, com uma concentração de 70% junto aos mercados de TI (Tecnologia da Informação), Químico/Petroquímico, P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), Autoindústria, Eletroeletrônico e Bens de Consumo.
Para identificar tendências em relação aos ambientes de trabalho e como as tecnologias têm impactado esse cenário, a Dell e a Intel realizaram o estudo Global Evolving Workforce (Força de Trabalho em Evolução), com cinco mil profissionais de pequenas, médias e grandes empresas de 12 países.
Dos 501 entrevistados brasileiros, 56% têm autorização para fazer home office e a maioria (69%) trabalha até 25% das horas semanais, de casa. Do total, 54% consideram que são mais produtivos com a prática e 44% esperam que as empresas passem a permitir essa condição.
De fato, muitos especialistas acreditam que as empresas não suportarão muito tempo sem a intervenção do profissional que atua nessa vertente. "Assim como a tecnologia, as relações de trabalho e os ambientes corporativos também estão evoluindo. Vejo como um processo natural. Para trabalharmos juntos, não precisamos necessariamente estarmos no mesmo ambiente", comenta Francisco Faiy, vice-presidente de Recursos Humanos da Atos para a América Latina.
A empresa, que é líder internacional em serviços digitais, possui uma política formal sobre a prática de home office desde 2013. Em Londrina, segundo Faiy, dos 400 colaboradores, cerca de 20% são elegíveis à prática e a adesão gira em torno de 65%, representando cerca de 55 funcionários, que no máximo duas vezes por semana trabalham de casa.
Ele ressalta que as relações de trabalho na Atos estão adaptadas para isso. Através de um novo programa de incentivo ao trabalho remoto, os telefones fixos foram removidos e uma rede social própria, o blueKiwi, permite discussões em grupo e a rápida troca de arquivos e documentos.
Outra ferramenta é um software de mensagem instantânea conectado à internet, capaz de transmitir mensagens escritas, por voz ou por vídeo, facilitando o trabalho para toda a equipe, tanto no escritório como fora dele.
Quanto aos resultados entre as equipes, Faiy comenta que uma pesquisa anual de engajamento e clima aponta que houve um aumento de 25% de 2013 para 2014, no que se refere ao favorecimento da política de home office.
Para ele, isso se deve não só à estrutura e política da empresa, mas a fatores evidentes da sociedade atual. "Tem o aspecto da mobilidade nos grandes centros, mas também a questão da geração Y, que está presente nas organizações e traz uma forma de se relacionar que é muito diferente, onde a presença física não é tão valorizada como antes. A comunicação é através da internet", conclui.
Conceito de trabalhar em casa ou de qualquer outro lugar por meio das ferramentas tecnológicas vem crescendo aos poucos no País, mas já é tido como uma tendência
Dicas
-
• O fim dos boletos sem registro
Nova plataforma de cobranças da Febraban começa a valer neste segundo semestre.
• 9 atitudes que não deixam sua vida evoluir
Muitos fatores podem determinar o sucesso ou não dos nossos projetos. Confira alguns deles
• 6 dicas para aumentar a sua produtividade
Geronimo Theml, da Academia da Produtividade, mostra as estratégias de quem é produtivo
• Maus costumes que você precisa abandonar para ser mais produtivo
Sabe o botão soneca? Você deveria parar de usá-lo
• Trabalho intermitente: entenda o que significa isto
“No contrato zero hora, o trabalhador fica à disposição 24 horas por dia. O valor a ser pago pode ser fixado de acordo com o horário que será trabalhado ou com o serviço que será feito.”
• Dez erros tributários que podem levar uma empresa à falência
Conheça os erros mais comuns cometidos pelas empresas relacionados à área tributária.
• Trabalho em equipe: 5 desafios a superar
Ao colocar profissionais com elevada competência e comprometimento trabalhando focados em objetivos estratégicos é possível dominar qualquer empresa, em qualquer mercado, contra quaisquer competidores, em qualquer época
• Como a má comunicação pode afetar a produtividade de sua equipe
Tanto a comunicação verbal quanto a não verbal são capazes de aumentar ou diminuir a credibilidade de quem fala
• 12 sinais de que você pode estar sofrendo da Síndrome de Burnout
Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, ela tem nos workaholics suas vítimas potenciais
• Por que, cedo ou tarde, a Previdência terá que ser reformada
Negar déficit da Previdência é "contabilidade criativa", diz Rogério Nagamine, coordenador de Previdência no Ipea