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Rogerio Martins
Este artigo dedica-se efetivamente as pessoas que fazem alguma diferença em tudo o que realizam. São os 5% que promovem a diferença. Você faz parte deste percentual? Talvez, até porque é possível que apenas 5% das pessoas que tenho contato cheguem até aqui e leiam verdadeiramente.
Certamente você já conheceu algum professor inesquecível entre diversos que já teve na vida. Já teve a oportunidade também de trabalhar com algum colega que deixou marcas importantes na sua carreira, seja ele um gestor ou não. Entre todos os amigos que já fez na vida pense em quantos você mantêm contato até hoje. Provavelmente não serão muitos e esta conta deve chegar em prováveis 5%. Intrigante, não é mesmo?
Bem, para você que ainda não está entendendo direito porque estou falando destes 5%, vou explicar com uma história que tive contato alguns anos atrás e mudou muito minha forma de pensar e agir. Dias atrás, enquanto preparava um curso sobre condução de reuniões para aplicar em uma grande empresa de SP, resgatei um áudio do Consultor Max Gehringer que também trata do assunto e você pode ouvir clicando aqui. Mas segue abaixo a história para contextualizar a importância de fazermos a diferença em tudo o que fazemos.
A lição dos 5%
Na história, de autoria desconhecida, conta-se que após um feriado prolongado, o professor entrou na sala da Universidade para dar sua aula, mas os alunos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Depois de tentar, educadamente, por várias vezes, conseguir a atenção dos alunos para a aula, o professor perdeu a paciência e disse: “prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez”. Um silêncio carregado de culpa se instalou na sala e o professor continuou. ”Desde que comecei a lecionar, e isso já faz muitos anos, descobri que nós professores trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que, de cada cem alunos apenas cinco fazem realmente alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. O interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que, de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença. De cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; de 100 conhecidos, quando muito, cinco são verdadeiros amigos, fraternos e de absoluta confiança.
E podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais. É uma pena não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora. Assim, então, teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo, sabendo ter investido nos melhores. Mas,infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje”.
O silêncio se instalou na sala e o nível de atenção foi total. Afinal, nenhum dos alunos desejava fazer parte do “resto”, e sim, do grupo daqueles que realmente fazem a diferença. Mas, como bem lembrou o sábio professor, só o tempo dirá a que grupo cada um pertencerá. Só a atuação diária de cada pessoa a classificará, de fato, num ou noutro grupo.
Analisando a história
Pense nisso: você deseja pertencer ao grupo dos que realmente fazem a diferença? Então, procure ser especial em tudo o que faz. Desde um simples bilhete que escreve às coisas mais importantes, faça com excelência. Aliás, um bilhete pode fazer uma grande diferença num relacionamento, numa amizade e até mesmo numa situação profissional, principalmente neste mundo tão digitalizado. Escrever um bilhete à mão faz uma grande diferença.
Faça sempre seu melhor, seja fazendo uma faxina (lembra-se do gari do Rio de Janeiro que ao término dos desfiles das escolas de samba no carnaval varria com alegria e samba no pé? Tornou-se mundialmente conhecido e reconhecido); seja atendendo a um cliente com um carinho especial (o cliente sempre retorna e recomenda); ou cuidando de uma criança ou de um idoso, fazendo uma cirurgia, comandando uma equipe, seja sempre especial. Para ser alguém que faz a diferença, não importa o que você faz, mas como faz. Há duas opções: fazer tudo da melhor forma possível, ou fazer parte do “resto”. Pense nisso e seja alguém que faz a diferença… Alguém que com sua ação torna a vida das pessoas melhores.
Quando apresento esta história para alguns alunos sinto o impacto que ela provoca e imediatamente percebo que a maioria quer fazer parte dos 5%. Porém, efetivamente a maioria logo retorna para os 95%, porque não tem a perseverança e o foco necessários para pertencer ao grupo que faz a diferença positiva. Portanto, a jornada para se tornar excepcional, realmente fantástico, aquele que faz a diferença é trilhada todos os dias, a todo instante.
Não adianta frequentar a igreja, orar, cantar, celebrar e quando sair de lá falar mal do vizinho, não cumprimentar o porteiro, não dar passagem no trânsito e assim por diante. Nada adianta ser "bonzinho" com uns e agir diferente com outros. Para fazer a efetiva diferença e entrar para o seleto grupo dos 5% é preciso fazer a diferença todos os dias, a todo instante.
Neste artigo trago esta reflexão sobre quem realmente faz a diferença. Você faz?
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