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Sílvio Celestino
O gestor que sabe que não será capaz de alcançar a meta, mas diz o contrário, gera problemas em cascata. Se for o principal gerente de uma grande organização, isso acarreta sérios prejuízos a fornecedores, parceiros comerciais e funcionários. É uma situação que gera muita desconfiança, incertezas e desapontamentos. Nos piores casos, coloca em risco a reputação do gestor e o futuro da empresa.
A causa disso é que o líder, por vezes, coloca seus interesses acima de todos os demais, revelando-se alguém imaturo e despreparado. Por essa razão, o indivíduo deve ser selecionado com rigor, antes de assumir um cargo de liderança, principalmente os principais postos de uma empresa.
Dois pontos são fundamentais de ser observados. Primeiro, o profissional deve ter controle emocional e resiliência para aguentar as pressões inerentes à crise que atravessamos. Descontrole emocional e incapacidade de tolerar adversidades por um período incerto desmotivam o time e colocam em dúvida se o líder é o mais capaz para retirar a companhia de uma situação difícil.
Outro fator é o executivo ter claro seus propósitos mais elevados e portar-se como um digno guardião deles. É terrível observar os principais diretores preocuparem-se com o bônus e criarem condições artificiais para manipular os indicadores de desempenho da empresa.
Não é apenas nos meios políticos que demandamos mais ética. Nas empresas, também precisamos que os principais dirigentes saibam que suas palavras e ações impulsionam os investimentos dos parceiros comerciais e fornecedores, e fazem seus funcionários decidir questões pessoais relevantes, como a aquisição de um novo imóvel ou ter um filho.
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Alguém que pense somente em si mesmo e ocupe esses cargos pode causar grande prejuízo a um número enorme de pessoas.
As empresas estariam em melhores condições se fossem mais rigorosas nas escolhas de seus principais dirigentes. Afinal, vencer uma crise não é uma tarefa para imaturos e individualistas, precisamos de profissionais de coragem e que assegurem o futuro da companhia quando a turbulência passar. Pessoas que pensem em seus parceiros, fornecedores e funcionários. E que, portanto, saibam fazer a vitória valer a pena para todos.
Vamos em frente!
Ao colocar interesses particulares acima dos coletivos, o lado imaturo e despreparado do líder é posto em evidência
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