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Antonio Braga
Basicamente, uma empresa é formada por recursos materiais, financeiros, tecnológicos, atividades/processos e pessoas, tendo como objetivo a transformação de insumos em produtos e serviços para os clientes. Mas, para que tudo funcione perfeitamente, com eficácia, dois fatores são fundamentais: 1) que as pessoas sejam competentes e estejam dispostas a executarem suas atividades com boa vontade; 2) que todos os recursos e processos sejam bem administrados.
Entende-se como administração “a capacidade de executar serviços através de pessoas” ou “trabalho, com indivíduos e grupos, para a realização de objetivos da organização” (Kenneth Blanchard).
No processo de administração, o gestor tem quatro funções: Planejamento (estabelecer os objetivos da empresa e traçar as estratégias para alcançá-los); Organização (alocar os recursos e trabalhos entre as pessoas, de acordo com suas competências e funções, para que as atividades possam ser executadas); Direção (influenciar as pessoas para realizarem suas atividades com motivação e entusiasmo, de modo a alcançarem os objetivos da empresa); e Controle (fazer o acompanhamento das atividades executadas para ter a certeza de que estão de acordo com o que foi planejado).
Todas essas funções são importantes para o sucesso do administrador, mas, talvez, a mais complexa seja a direção, tendo em vista que o exercício da liderança não é tão fácil. É comum ouvir-se dizer que grande parte das empresas se preocupa mais com processos, controles e resultados do que com as pessoas e que muitas dessas empresas preparam mais gerentes do que líderes para lidar com os colaboradores.
Quando se fala em gerência nas organizações, a primeira ideia é que os profissionais que exercem tal função foram designados apenas para administrar processos e fazer controles, mas sem habilidade nas relações humanas. Não há dúvida de que muitas pessoas são promovidas, sem o devido preparo, para exercerem cargos mais elevados nos níveis administrativos das empresas.
Na realidade, existe diferença entre gerenciar e liderar, mas, para serem eficazes, as empresas necessitam de pessoas que exerçam essas duas funções, pois nem todo líder é gerente assim como nem todo gerente é líder. Como disse Peter Drucker, gerenciar é fazer as coisas do jeito certo; liderar é fazer as coisas certas.
A liderança complementa o gerenciamento, não o substitui. Gerenciar é lidar com a complexidade. Liderar, por sua vez, é lidar com a mudança (John P. Kotter)
O gerente tem como foco o planejamento, lidar com processos, elaborar orçamentos, controles, organização, resolver problemas, levando os colaboradores a atingir os resultados almejados pela empresa. Já os líderes são agentes de transformação, motivando e inspirando as pessoas, dando-lhes um direcionamento correto, ajudando-as a eliminarem resistências às mudanças e aceitarem novas ideias, de modo que elas estejam sempre dispostas para fazer as coisas acontecerem.
No mundo moderno, de mudanças velozes e constantes, as empresas precisam cada vez mais de gerentes-líderes, de profissionais que tenham a consciência de que necessitam muito mais do que apenas fazer com que os processos atuais funcionem. E a mola mestra para influenciar a mudança e aumentar a eficiência dos liderados está nos relacionamentos interpessoais.
Desse modo, esteja o profissional na escada hierárquica da empresa exercendo função de supervisão, gerência ou alta administração é fundamental que tenha um bom domínio na área de habilidades humanas, pois é exatamente nesta área, que muitos “líderes” não dão tanta importância, onde está o segredo do sucesso da administração com liderança.
Entende-se como administração “a capacidade de executar serviços através de pessoas” ou “trabalho, com indivíduos e grupos, para a realização de objetivos da organização” (Kenneth Blanchard).
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