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Marina Melz
Demorei sete anos (desde que saí da casa dos meus pais) para ler o saquinho do arroz que diz quanto tempo ele deve ficar na panela. Comi muito arroz duro fingindo estar “al dente”, muito arroz empapado dizendo que “foi de propósito”. Na minha panela esteve por todos esses anos a prova de que somos uma geração que compartilha sem ler, defende sem conhecer, idolatra sem porquê. Sou da geração que sabe o que fazer, mas erra por preguiça de ler o manual de instruções ou simplesmente não faz.
Sabemos como tornar o mundo mais justo, o planeta mais sustentável, as mulheres mais representativas, o corpo mais saudável. Fazemos cada vez menos política na vida (e mais no Facebook), lotamos a internet de selfies em academias e esquecemos de comentar que na última festa todos os nossos amigos tomaram bala pra curtir mais a noite. Ao contrário do que defendemos compartilhando o post da cerveja artesanal do momento, bebemos mais e bebemos pior.
Entendemos que as bicicletas podem salvar o mundo da poluição e a nossa rotina do estresse. Mas vamos de carro ao trabalho porque sua, porque chove, porque sim. Vimos todos os vídeos que mostram que os fast-foods acabam com a nossa saúde – dizem até que tem minhoca na receita de uns. E mesmo assim lotamos as filas do drive-thrru porque temos preguiça de ir até a esquina comprar pão. Somos a geração que tem preguiça até de tirar a margarina da geladeira.
Preferimos escrever no computador, mesmo com a letra que lembra a velha Olivetti, porque aqui é fácil de apagar. Somos uma geração que erra sem medo porque conta com a tecla apagar, com o botão excluir. Postar é tão fácil (e apagar também) que opinamos sobre tudo sem o peso de gastar papel, borracha, tinta ou credibilidade.
Somos aqueles que acham que empreender é simples, que todo mundo pode viver do que ama fazer. Acreditamos que o sucesso é fruto das ideias, não do suor. Somos craques em planejamento Canvas e medíocres em perder uma noite de sono trabalhando para realizar.
Acreditamos piamente na co-criação, no crowdfunding e no CouchSurfing. Sabemos que existe gente bem intencionada querendo nos ajudar a crescer no mundo todo, mas ignoramos os conselhos dos nossos pais, fechamos a janela do carro na cara do mendigo e nunca oferecemos o nosso sofá que compramos pela internet para os filhos dos nossos amigos pularem.
Nos dedicamos a escrever declarações de amor públicas para amigos no seu aniversário que nem lembraríamos não fosse o aviso da rede social. Não nos ligamos mais, não nos vemos mais, não nos abraçamos mais. Não conhecemos mais a casa um do outro, o colo um do outro, temos vergonha de chorar.
Somos a geração que se mostra feliz no Instagram e soma pageviews em sites sobre as frustrações e expectativas de não saber lidar com o tempo, de não ter certeza sobre nada. Somos aqueles que escondem os aplicativos de meditação numa pasta do celular porque o chefe quer mesmo é saber de produtividade.
Sou de uma geração cheia de ideais e de ideias que vai deixar para o mundo o plano perfeito de como ele deve funcionar. Mas não vai ter feito muita coisa porque estava com fome e não sabia como fazer arroz.
A geração que parece politizada e fitness no mundo virtual às vezes pouco faz no mundo real
Dicas
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• O Momento da Verdade do Cliente
Quase sempre ele já vem sabendo o que quer e, se for mal atendido ou ficar insatisfeito, rapidamente muda de empresa
• Você lidera somente pensando em seu bônus?
Ao colocar interesses particulares acima dos coletivos, o lado imaturo e despreparado do líder é posto em evidência
• Cinco atitudes de sucesso do profissional moderno
Em tempos de crise saiba quais são as características mais procuradas pelo RH das Empresas
• Corra atrás dos seus sonhos
Cada pessoa neste mundo tem um sonho que adoraria concretizar.
• Como eliminar a necessidade de aprovação
Todos, em maior ou menor grau, precisam de uma dose de aprovação externa. Somos seres sociais por natureza, mas há uma linha que separa o normal, que todos já sentimos alguma vez, do patológico, onde a pessoa tem problemas pessoais por este motivo.
• O riso cuida de tudo que nos interessa
O riso e o bom humor tem grandes benefícios para a saúde, especialmente quando são compartilhados com os outros.
• A técnica da ancoragem
A ancoragem é uma das técnicas da PNL, utilizada para criar ou modificar respostas associadas à um estímulo. Inconscientemente estamos expostos à ancoragem, por exemplo, quando ouvimos uma música e nos emocionamos, porque ela nos faz lembrar de alguém ou de uma situação importante. Quando ouvimos essa melodia, nossas emoções retornam no tempo e voltamos a sentir a mesma coisa do passado.
• Encontre a felicidade através de emoções positivas
Todos procuramos a felicidade em nossas vidas. Há vários caminhos; alguns bons, outros nem tanto, por isso é importante saber que uma chave fundamental para ser feliz está nas emoções positivas.
• A mente e o coração
Existe realmente distância entre eles? São dois em um? Primeiro o coração… depois a mente? Ou ao contrário? Quem nos guia pela sua verdade…?
• Diga “sim” à vida
No mundo existem milhões de pessoas, mas será que todas estão vivas?