Banner
Notícias
Tristeza após a morte de uma pessoa querida; oscilação da memória com o avanço da idade; birras infantis. Todos esses comportamentos não são recorrentes, reações típicas a um acontecimento ou coerentes com determinada época da vida? Não segundo a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5).
Ao estabelecer novos critérios para o diagnóstico e ampliar o rol de transtornos mentais, o documento, referência internacional em psiquiatria, suscita a questão: estamos transformando problemas cotidianos em transtornos mentais?
O psiquiatra americano Allen Frances acredita que sim. Para o médico, que esteve à frente da revisão da edição anterior do DSM e hoje lidera o movimento de crítica ao manual e à medicalização excessiva, vivemos o “fenômeno do hiperdiagnóstico”, em que dificuldades e reações comuns a diferentes fases da vida são tratadas com remédios.
Manual polêmico
A polêmica suscitada pelo DSM 5 tem razão de ser: pelo novo documento, tristeza virou Transtorno Depressivo Maior; esquecimento típico da velhice agora é Transtorno Neurocognitivo Leve e gula se transformou em Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica. Muito em breve, prevê Frances em seu livro, a maior parte das pessoas terá Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade – diagnóstico problemático para o psiquiatra, principalmente em crianças.
O desconforto em relação ao DSM 5 chegou até mesmo ao Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, maior financiador de pesquisas científicas na área em todo mundo, que decidiu não custear mais pesquisas baseadas no manual.
No Brasil, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) não recomenda a utilização do DSM para atuação clínica. De acordo com Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP, o manual foi desenvolvido para balizar pesquisas científicas. “Utilizar o manual na atividade clínica diária é inadequado porque ele não foi elaborado para isso, ele serve mais à ciência. O DSM tem seu valor, mas não é a bíblia da psiquiatria.”
O psiquiatra acrescenta que é recorrente o uso do DSM por médicos não especializados para fazer diagnóstico psiquiátrico. “É como se bastasse preencher uma espécie de questionário de sintomas para se chegar ao diagnóstico. Se o paciente disser que sente tristeza, desânimo, cansaço e falta de vontade, o DSM vai apontar para depressão. Mas esses também são sintomas de hipotireoidismo”, exemplificou.
Publicação indica que comportamentos básicos têm sido tratados como doença e excesso de remédios preocupa profissionais
Dicas
-
• Fim de ano: hora de deixar para trás as frustrações e vislumbrar novas estratégias
Nos últimos meses do ano muitos se desesperam pensando no que ainda não conquistou
• Contador: como novas possibilidades de negócios estão mudando essa profissão para melhor
A tecnologia muda o papel de diversas profissões
• 8 coisas que você deve fazer antes das 8h para ser produtivo
Responda rápido: quando você acorda, se sente um super herói ou um zumbi?
• Precaução é a melhor maneira de evitar ações trabalhistas
Por causa da crise econômica vivida pelo Brasil na atualidade, cresce o número de desemprego e, consequentemente, a quantidade de ações trabalhistas.
• O Poder do Hábito: a razão por trás do sucesso de muita gente
Já parou para pensar no que você poderia fazer diferente para atingir o sucesso? Uma simples mudanças no comportamento pode fazer toda diferença, ainda mais quando ela vira um hábito
• Veja 10 atitudes de colegas de trabalho que irritam toda a equipe
Falar alto no telefone, 'esmurrar' o teclado e pegar comida alheia na geladeira são algumas das ações que irritam.
• Por que você precisa experimentar tudo
Hoje, depois de 15 anos de ensino do empreendedorismo, inovação e criatividade, eu mudei completamente de ideia e eu agora entendo como os erros são importantes nos nossos processos de aprendizagem e inovação
• 20 habilidades imprescindíveis a qualquer profissional
Conheça as 20 habilidades profissionais mais procuradas pelas grandes empresas atualmente
• Recibo provisório de serviços: entenda o que é e como usar
Todo empresário sabe que é indispensável emitir nota fiscal por seus serviços e produtos. Para facilitar o dia a dia, a Nota Fiscal Eletrônica (NFS-e) tem sido o meio de emissão preferido dos comerciantes.
• O que a redução da taxa Selic afeta na vida do consumidor?
Queda da taxa básica pode ser uma boa novidade, dependendo da situação de cada consumidor