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Mariana Desidério
Certa vez uma empresária falou: “Rangel, esse negócio de motivar pessoas é um saco sem fundo, não há dinheiro que chegue!” Imaginar que a motivação é movida a dinheiro é um grande equívoco. O dinheiro é fundamental na nossa vida, pois nos proporciona conforto, tranquilidade, possibilidade de uma vida mais saudável, lazer e tudo o mais que é possível adquirir por meio dele. Mas não se compra motivação, ela nasce, surge.
No trabalho, normalmente a motivação surge, ou desaparece, em função das atitudes da liderança e, nesse aspecto, há muitas lideranças pecadoras e responsáveis pelo baixíssimo grau de motivação e de comprometimento da equipe. Uma das queixas mais frequentes das lideranças é a falta de comprometimento das pessoas. Entretanto, se esquecem que, ao apontar o indicador para os colaboradores, na verdade, há três dedos voltados, em direção oposta, para si mesmos.
A base da motivação está no relacionamento e na comunicação entre a liderança e seus liderados, e é justamente aí que os problemas são mais recorrentes, devido a uma série de fatores, tais como: comunicação agressiva, relacionamento distante, falta de objetivos claros, ausência de feedback, broncas inúteis e depreciativas.
Manter uma equipe motivada exige da liderança atitudes que estejam alinhadas com os anseios dos liderados e que os façam se sentir respeitados e valorizados.
O ser humano tem três necessidades fundamentais, que devem ser atendidas no ambiente de trabalho: ser ouvido, ser reconhecido e poder aprender com os próprios erros.
Ser ouvido: se você é líder, dedique 60 minutos para conversar com sua equipe. Reserve 45 minutos para ouvir e 15 minutos para falar. Desses 15, utilize 10 minutos para fazer perguntas e use os 5 minutos restantes para dar a palavra final. Com essa atitude, você vai praticar o “saber ouvir” e atenderá à primeira necessidade básica.
Ser reconhecido: expresse seu reconhecimento, quando perceber que houve uma dedicação especial para um trabalho ficar bem-feito. Cumprimente, parabenize, elogie. As pessoas se sentem felizes quando são notadas e reconhecidas. Assim, você atenderá à segunda necessidade básica.
Ter o direito de errar: reconheça a intenção positiva da pessoa. Todo comportamento tem por trás uma intenção positiva. Sempre. Pelo menos do ponto de vista de quem o pratica. Entender isso pode ser a solução para a maioria dos problemas de relacionamento com os funcionários. Reconhecer a intenção positiva, dar valor a ela e buscar alternativas. Essa sequência pode resolver a maioria dos problemas com a equipe. Fica mais fácil entender o outro, quando nos colocamos em seu lugar, olhamos a situação com seus olhos e conhecemos o porquê de fazer o que faz. Dessa forma, é possível desaprovar uma ação feita por um funcionário, mas ainda assim continuar a valorizá-lo como pessoa. Reconheça a intenção positiva das pessoas e permita que elas aprendam com seus próprios erros, que assim estará atendendo à terceira necessidade básica.
Manter uma equipe motivada não é tão difícil, vai depender da atitude do líder.
O que mantém uma equipe motivada?
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