Banner
Notícias
Ana Carolina começou a trabalhar na rede de farmácias da família depois de ter experiência em outras empresas
Quando o fundador de uma empresa começa a pensar em preparar um sucessor, normalmente, está atrasado. Consultores afirmam que quanto mais cedo se inicia o processo de escolha, melhor, mas que existem sinais de que é preciso mudar a forma de gestão, principalmente ao se passar de um modelo familiar para um de governança corporativa. A percepção de que faltam competências para manter o negócio em crescimento já deve ser o bastante para dar a largada.
Nove em cada dez empresas brasileiras são familiares, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae). A tradição é o pai ou mãe, fundadores, projetarem os filhos como sucessores. Porém, o consultor especializado em governança corporativa Eduardo Valério, da J. Valério Consultoria, afirma que o mais comum hoje é que pessoas sem laços de sangue assumam o comando dos negócios.
Nesse caso, os herdeiros fazem parte de um conselho de administração. "Os empresários estão entendendo que muitas vezes é preciso buscar um sucessor fora de casa. Mas se há dois candidatos com iguais condições e potencial, é óbvio que a escolha tende a ser por alguém da família", diz Valério.
Para formar um futuro gestor, o consultor empresarial Abraham Shapiro conta que o ideal é trazer experiências e histórias para dentro de casa tão logo se tenha filhos, mas sem empurrar uma obrigação que a pessoa não quer ter. Ele conta que os empresários costumam chegar aos 60 ou 70 anos e então pensar em formar um sucessor, o que é muito tarde. "O melhor momento é dos 40 aos 50 anos, com filhos entre 15 e 25 anos. É quando eles estão no colegial e podem escolher uma faculdade que atenda as necessidades da empresa."
Valério concorda e diz que muitos empresários somente percebem que é hora de mudar quando sentem o primeiro problema de saúde. Ele considera importante começar cedo porque diz que a preparação de um sucessor demora de cinco a dez anos. Antes, no entanto, diz que é preciso construir um planejamento estratégico para o processo e identificar candidatos, o que leva de seis a oito meses. "Não se deve avisar a pessoa de que ela é uma opção até o momento em que a escolha esteja encaminhada."
No processo, o fundador não será eliminado da empresa. Ele deve assumir a presidência de um conselho de administração, que dará respaldo e ajudará na análise de resultados atingidos pelos diretores. "Esse conselho deve ser formado por pessoas de dentro e de fora da família, mas é preciso que tenham competências complementares", completa Valério.
Se a estratégia for buscar alguém dentro da família, Shapiro diz que é preciso fundamentar a escolha em competências, aptidões e vontade de atuar no negócio. Por isso, lembra que não se pode simplesmente indicar o sucessor, mas capacitá-lo. "O pai empreendedor deve contar histórias de dificuldades que enfrentou aos filhos e como superá-las, para despertar a visão de que tudo depende de esforço", sugere.
Com o interesse criado, Shapiro afirma que a pessoa deve procurar emprego em outras empresas para conhecer realidades diferentes e só depois entrar na empresa da família, em cargos operacionais. Assim, é possível diminuir eventuais resistências de gerentes. "Depende muito que o pai prepare os gestores e que o filho conquiste as pessoas que estão na organização há mais tempo do que ele", diz. "A pessoa precisa trazer o novo para dentro da empresa sem perder a essência, a tradição", complementa Valério.
Finalizada a sucessão, Valério ainda destaca um desafio para o novo comandante executivo da empresa. "É preciso lidar com idas e vindas do sucedido, que pode ter algumas recaídas e querer voltar ao comando em determinados momentos."
Sucessão familiar em empresa começa já com filho na escola
Consultores dizem que fundadores tendem a iniciar processo tarde demais e que devem aproveitar momento para profissionalizar negócio
Dicas
-
• 7 atitudes de pessoas hiperprodutivas no trabalho
São Paulo - Quando o assunto é produtividade, um desafio é universal: realizar tarefas dentro do prazo.
• O papel essencial da motivação
Pense o que você quer contar aos seus netos, bisnetos e amigos sobre a carreira (ou carreiras) que teve.
• 5 erros comuns em Planejamento Estratégico
Na administração de empresas existem milhares de técnicas para ajudar os gestores na condução de seus negócios
• Aposentadoria: As vantagens da fórmula 85/95 e a desaposentação
Advogado previdenciário destaca que a desaposentação pode ser ainda mais rápida com a vigência da regra 85/95
• O Coaching e o florescimento de uma nova liderança no século XXI
O mundo contemporâneo vive profundas transformações políticas e socioeconômicas nas instituições globais, como também no cenário nacional, onde a tônica é a crise paradigmática a que o ser humano está imerso e reclama a restauração de valores sistêmicos e sustentáveis da vida.
• 5 Regras para uma carreira de sucesso
Uma carreira de sucesso é uma carreira com conceitos traçados, todo profissional requer um futuro promissor. Para isso foi montado 5 regras de como seguir na sua carreira de maneira evolutiva.
• Inovação, a essência do empreendedorismo
Peter Drucker, o homem que inventou a administração, segundo a revista Business Week, certa vez, em um de seus vários lampejos de criatividade
• Uma habilidade que todo líder deveria ter: simplificar as coisas
Esse é o papel do líder, criar um foco simples sobre o que é realmente importante
• 7 maneiras de chamar a atenção de seus clientes Confira dicas para expor seus produtos da maneira adequada e atrair clientes para sua loja • Finanças aprova saque do PIS/Pasep para trabalhador desempregado há seis meses Pelo texto original, o beneficiário deve estar desempregado há, no mínimo três meses, mas a comissão alterou esse prazo para seis meses.