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O índice está acima da média mundial (37%), mas mostra que as companhias ainda falham na comunicação com os funcionários, afirma Peter Handal, 70, presidente-executivo da companhia. O estudo levou em conta respostas de 3.000 pessoas, sendo 457 no Brasil.
Leia trechos da entrevista.
Folha - É comum dizer que as pessoas hoje não se motivam só pelo salário, mas o levantamento de vocês no Brasil indica que o engajamento cresce proporcionalmente ao salário. Isso não é uma contradição?
Peter Handal - Não dá para saber o que vem primeiro, mas pode-se dizer que essa relação entre comprometimento e salário existe em razão de as pessoas ganharem bons salários por estarem totalmente engajadas.
Por que 60% dos brasileiros não estão completamente comprometidos com a empresa?
No Brasil há sentimentos negativos entre os que NÃO estão comprometidos. Eles se SENTEM insultados, manipulados, ansiosos e nervosos na empresa. Isso indica que as companhias estão falhando na hora de se comunicar com eles, de mostrar que eles são importantes.
O estudo também mostra uma relação entre o engajamento do funcionário e a satisfação com o chefe imediato. É papel do gestor ou da empresa engajar o funcionário?
Isso começa com o supervisor imediato, que tem de mostrar aos funcionários que eles são importantes, que se importa com eles e quer que eles sejam bem-sucedidos.
Parece algo que os pais dizem aos filhos...
Emoções são importantes tanto para as crianças quanto para o presidente de uma empresa. Mas há diferenças. Meu pai costumava dizer: "Faça isso porque eu estou mandando". Se o chefe usar essa abordagem, pode gerar um efeito negativo. Não é algo que funcione para melhorar o engajamento no escritório. É melhor indicar por que aquilo é importante.
(O presidente-executivo da empresa Dale Carnegie, Peter Handal, 70 )
Uma pesquisa da empresa de treinamento Dale Carnegie indica que 40% dos profissionais brasileiros se dizem completamente comprometidos com o trabalho.
será?!
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