Banner
Notícias
Neste ano, o Brasil deverá colher uma safra recorde de soja. Segundo as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), serão 90 milhões de toneladas do grão, 10% mais do que na safra anterior, o que deverá alçar o Brasil ao posto de maior produtor mundial de soja, superando os Estados Unidos.
Essa conquista foi possibilitada por um ganho de produtividade estimado em 3,3%. O mesmo ocorre com outras culturas, como o trigo, que deverá ter um ganho de produtividade de 13%.
Para conseguir resultados tão positivos, os agricultores nacionais têm contado com uma aliada de peso: a biotecnologia, técnica que promove o melhoramento genético das sementes para gerar plantas mais resistentes e bem-adaptadas ao clima e ao solo do Brasil, além de produtos que ajudam no combate às pragas.
Para atender a essa demanda, empresas fornecedoras dessas tecnologias — como Monsanto, Syngenta, DuPont e Basf — reforçam seus investimentos no Brasil e aumentam seu quadro, o que pode representar boas oportunidades profissionais — mesmo para quem nunca pensou em trabalhar na agricultura.
Na DuPont, por exemplo, que atua em diversos segmentos da indústria química, a área voltada para o agronegócio é a que mais recruta. “Nos últimos anos, uma média de 40% de nossas contratações estão relacionadas ao agro”, diz Claudia Pohlmann, diretora de recursos humanos da empresa. A DuPont contrata engenheiros, cientistas e administrativos para todas as áreas.
Um dos grandes investimentos recentes no setor foi feito pela Monsanto, que inaugurou no ano passado seu maior centro de pesquisa de sementes no Brasil em Petrolina (PE), uma obra de 20 milhões de dólares que já emprega 300 profissionais. A empresa pretende que a unidade seja responsável por inovações em diversas culturas, como milho, soja e algodão.
Para isso, tem atraído para a região cientistas de todo o país e do exterior. É o caso do engenheiro agrônomo André Miranda, de 32 anos, que, após mais de cinco anos nos Estados Unidos, onde fez mestrado na universidade North Dakota e trabalhou na área de melhoramento genético de uma subsidiária da DuPont, agora integra a equipe da Monsanto em Petrolina.
“Pelo estágio da agricultura nacional, o Brasil tem muito mais oportunidades de crescimento profissional do que os Estados Unidos”, diz André. Com expansão prevista de 13% a 18% neste ano, a Monsanto calcula contratar 500 pessoas em 2014 para as diversas áreas da companhia.
As possibilidades de carreira no agronegócio são tantas que até profissionais que haviam deixado o setor têm feito o caminho de volta. Rogério Rangel, de 47 anos, é um deles. Rogério iniciou a carreira no segmento agrícola, mas há 11 anos vinha trabalhando na indústria alimentícia.
Com o crescimento recente da agricultura, ele decidiu voltar às origens. Desde novembro, é gerente de marketing estratégico de cultivos da Basf para a América Latina. “A melhor coisa do agronegócio é que, mesmo quando um cultivo está em baixa, há outro em um bom momento”, diz.
Profissionais dos diversos segmentos das indústrias química e farmacêutica têm maior facilidade de migrar para o setor. Em áreas que não exigem conhecimento técnico, como departamento financeiro, as empresas têm se aberto a profissionais de outras indústrias. A administradora de empresas Kênia Meneguzzi, de 33 anos, fez essa transição.
Após mais de dez anos no setor financeiro, Kênia resolveu investir em um MBA em gestão de agronegócio. “Eu via quanto o agronegócio estava crescendo e pensei nisso como uma oportunidade de carreira”, diz. Há dois meses, Kênia foi contratada como supervisora de novos negócios na Biotrigo, empresa gaúcha de melhoramento genético de trigo.
Prestes a inaugurar sua nova sede em Passo Fundo (RS), um investimento de 10 milhões de reais, a Biotrigo vai aumentar seu quadro de 32 funcionários. O recrutamento começará em junho, com vagas para cientistas e nas áreas administrativa e comercial. Uma ótima notícia para quem vê no campo uma chance de crescer no mesmo ritmo do agronegócio.
Com o bom momento da agricultura brasileira, as empresas do setor estão tendo de recrutar profissionais de todas as áreas para dar conta do crescimento no campo
Novidades
-
• BNDES destinará R$ 4 bi para financiar pequenas empresas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinará R$ 4 bilhões a gestoras de recursos focadas no financiamento de pequenas empresas.
A medida busca ajudar um número crescente de pequenas empresas – que estão entre as mais atingidas pela desaceleração em razão da pandemia de coronavírus – a enfrentar a crise. • Após decisão judicial, comércio segue aberto em Londrina Comércio de Londrina mantém portas abertas nesta quinta feira • Senado aprova projeto de crédito a micro e pequenas empresas O Senado aprovou projeto que estabelece um programa de microcrédito a micro e pequenas empresas em troca da manutenção de empregos durante a crise do coronavírus. • Ministério Público (MP), ajuizou uma ação civil pública para impedir a abertura do comércio de Londrina No ultimo dia 20 o Ministério Público (MP), ajuizou uma ação civil pública para impedir a abertura do comércio de Londrina e foi negado pelo Juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina. • Retorno do Comércio de Londrina a partir de 20 de Abril com restrições A Partir de 20/04/2020 o comércio em Londrina terá o funcionamento em horário reduzido, das 10h às 16h, com diversas medidas de restrição e prevenção obrigatórias, que serão fiscalizadas pelo poder público. • Bancos preparam pacote de socorro de R$ 50 bi a setores afetados pela crise Empresas de energia, aéreas, cadeia automotiva e varejo estão entre as possíveis beneficiárias
• Governo já recebeu 1,7 milhão de acordos de redução de salário e suspensão de contrato de trabalho Esses acordos podem ser negociados diretamente entre os patrões e empregados, conforme prevê a medida provisória (MP) 936, publicada em 1º de abril • Datas de restituição do IR estão mantidas, diz Receita; veja programação No ano passado, restituições totalizaram R$ 23,7 bilhões. Primeiro lote será pago em 29 de maio • CONFIRA PAGAMENTOS E TRIBUTOS ADIADOS OU SUSPENSOS DURANTE PANDEMIA Medidas visam a diminuir impacto da covid-19 sobre economia • Londrina Perde em Média R$ 300 Mil Reais por Dia na Arrecadação. Londrina perde em média R$ 300 Mil reais por dia na arrecadação com o comercio fechado segundo o economista e professor da UTFPR Marcos Rambalducci.