Banner
Notícias
Segundo o instituto, a recuperação desde o terceiro trimestre do ano passado levou a uma revisão do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, de 3% para 4,8%.
O estudo indica que a recuperação do país em 2021 vai ser maior do que o antecipado. No ano que vem, os economistas avaliam que o Brasil deve continuar crescendo, ainda que mais timidamente, até pela base de comparação ter aumentado em 2021.
O Ipea lembra, por exemplo, que os dados dessazonalizados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, mostram que em março a taxa de desocupação foi de 14,7%, levemente superior à registrada em fevereiro (14,4%), pressionada principalmente pelo retorno à força de trabalho de uma parcela de indivíduos que dela haviam saído por conta da pandemia.
De janeiro a março de 2021, a força de trabalho aumentou em 589 mil pessoas, enquanto o contingente ocupado recuou em 11 mil. Os dados ainda mostram uma força de trabalho 5% abaixo da observada nos períodos de antes da pandemia do novo coronavírus.
A percepção é a de que a ocupação no setor privado com carteira deve manter uma trajetória de pouco dinamismo, marcada por uma estabilidade de pessoal ocupado em patamares bem desfavoráveis, segundo o documento.
"A primeira reação da recuperação da economia foi o avanço do emprego para profissionais de ensino superior, que melhoraram as horas trabalhadas. A gente espera isso que alcance mais pessoas, com a recuperação do setor de serviços, como turismo, restaurantes e bares", avalia José Ronaldo Souza Júnior, da Dimac (Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas) do Ipea.
Por serem setores que empregam muitos trabalhadores, grande parte deles com baixa escolaridade, a retomada dos serviços é essencial e deve se dar conforme a vacinação avança, diz o pesquisador. Com a taxa de desemprego elevada e a recuperação da população ocupada restrita, a população acaba sendo pouco beneficiada neste início de retomada.
O ritmo de vacinação está definindo a sorte de alguns setores, avalia Souza Júnior. Ele pondera que ainda não se sabe até que ponto a vacinação deveria ser acelerada para que a recuperação do país seja mais consistente, mas mesmo com a vacinação lenta, o ritmo de retomada surpreendeu no primeiro trimestre.
"Agora, se a aceleração na vacinação resultar em uma queda rápida nas internações e mortes, o impacto econômico deve ser ainda mais significativo", diz.
Ele também ressalta que as mudanças tecnológicas que já estavam acontecendo foram antecipadas pela pandemia e ainda não é possível saber o quanto essa aceleração vai interferir na renda do trabalho mais a longo prazo.
"Adiantamos algumas tecnologias, diminuindo viagens de negócios. Isso vai mudar o perfil do trabalhador e há uma demanda muito grande por profissionais mais qualificados. É preciso ver até que ponto algumas mudanças vieram para ficar", diz.
Ao longo da pandemia, um outro movimento foi objeto de atenção: o aumento da desigualdade e da concentração de renda. Um estudo recente, do Credit Suisse, mostra que o 1% no topo da pirâmide brasileira passou a concentrar metade de toda a renda no ano passado.
Segundo o pesquisador do Ipea, a concentração e a desigualdade entram na questão da composição do mercado de trabalho, que piorou para as pessoas com baixa escolaridade. "A piora na distribuição de renda não foi só no Brasil e com essa melhora do mercado, parte dessa piora pode ser revertida."
O trabalho do instituto também sugere que outro motivo de preocupação do brasileiro pode ter uma melhora no ano que vem. A inflação, que passou de 8% em 12 meses até maio, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo) é uma das surpresas negativas na retomada após o primeiro ano de pandemia.
Segundo o Ipea, ainda que ocorra melhora no cenário de câmbio, a contínua aceleração dos preços das commodities no mercado internacional vem mantendo os índices de preços ao produtor pressionados, o que leva a aumentos adicionais nos preços dos bens de consumo industriais no varejo.
"Embora estejamos trabalhando com uma inflação mais elevada, esperamos uma desaceleração dos preços no ano que vem", diz o economista.
Ele também ressalta que, apesar das dificuldades, o crédito tem respondido positivamente e surpreendeu durante a crise. "As empresas conseguiram refinanciar com prazos mais longos e juros mais baixos. E isso é importante também para as famílias recuperarem a capacidade de consumo."
Ao analisar os fatores em conjunto, observa-se uma discreta piora nas condições gerais do mercado de crédito, cuja evolução e tendência para os próximos meses depende da evolução da economia, com destaque para o mercado de trabalho, diz o documento.
Quer saber mais?
Entre em contato através do nosso WhatsApp (43) 3026-6363 e fale com um de nossos especialistas.
Juliano Francisco & Contadores
Os resultados da economia no primeiro trimestre contrastam com a fraqueza da retomada do mercado de trabalho e aumento da inflação, o que faz com que a recuperação ainda continue distante de boa parte dos brasileiros, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
Novidades
-
• Prazo de substituição tributária é prorrogado
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) prorrogou para abril o início do processo de uniformização da identificação de mercadorias sujeitas ao recolhimento antecipado do ICMS por meio da substituição tributária
• Receita Federal aumenta a burocracia para o Simples Nacional com a criação da DeSTDA
A burocracia, com certeza, é fator de desânimo para 10 de cada 10 empresários.
• EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada: o que é?
Você está pensando em abrir uma empresa, mas não quer ter sócios? O que vamos falar neste post pode te interessar!
• Cálculo do Diferencial de Alíquota: o que é e como funciona?
Dentre as obrigações tributárias de uma empresa — seja ela pequena, média ou grande — está o ICMS, que é cobrado de maneira individual por cada estado
• Crescer sem Medo é aprovado por senadores da CAE
Por unanimidade, os membros presentes à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovaram, nesta terça (8), o relatório da senadora Marta Suplicy para o PLC 125/2015, conhecido como Crescer sem Medo.
• 13º salário: segunda parcela deve ser paga até o dia 18
Este ano, em razão de que o dia 20 de dezembro, data prevista para pagamento da segunda parcelo do 13º, cair no domingo, os empregadores, de todo o Pais, devem cumprir a obrigação com os seus empregados até o dia 18, sexta-feira, último dia útil
• Regime tributário: prazo para mudança é janeiro
Empresários têm até janeiro para decidir o regime tributário que será adotado para 2016
• Conheça a rede social que está conquistando empreendedores
São Paulo – Você já ouvir falar no Meetup? A rede social para organizar encontros locais ajuda a marcar, diariamente, nove mil reuniões. E um dos assuntos mais buscados na plataforma é justamente o empreendedorismo.
• Empresas devem se preparar para as novas normas globais de contabilidade
A nova norma irá exigir um modelo mais abrangente no momento das empresas e indústrias em geral divulgarem suas demonstrações financeiras, reduzindo de modo expressivo a complexidade inerente à orientação de reconhecimento de receita de hoje.
• DAE de novembro dos domésticos vai incluir FGTS sobre o adiantamento do 13º salário
Com a nova versão, os empregadores poderão gerar a folha de pagamento dos empregados domésticos do mês de novembro de 2015 com a funcionalidade relativa à apuração e recolhimento de tributos sobre o adiantamento do 13º salário.