Banner
Notícias
A Copa do Mundo foi responsável pela geração de 1 milhão de empregos, dos quais 710 mil permanentes, segundo balanço preliminar do governo sobre os ganhos decorrentes da realização do Mundial de futebol no País.
São mais de 15% dos 4,8 milhões de vagas criadas durante todo o governo de Dilma Rousseff, informou a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, que utilizou no cálculo os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A estimativa foi apresentada nesta quinta-feira, 19, pelo presidente da Embratur, Vicente Neto, durante o painel "Impacto dos Grandes Eventos na Economia Brasileira", no qual, junto com especialistas, fez um balanço prévio dos benefícios gerados pela Copa. Outro ganho, apontou ele, é a previsão de que o evento movimentará R$ 6,7 bilhões.
Neste caso, não são considerados os investimentos em infraestrutura, que, pelo discurso do governo brasileiro, seriam realizados de qualquer forma, independentemente da indicação dos organizadores dos jogos.
Apesar da divulgação de números favoráveis à Copa, a opinião de especialistas presentes ao evento é de que ainda é cedo para calcular o legado econômico do evento.
Pedro Trengrouse, da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-Rio) compara os dados brasileiros aos da África do Sul, onde estudos apontam ganho de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).
Relativamente ao PIB brasileiro, 1% equivaleria a R$ 48,4 bilhões, muito acima dos R$ 6,7 bilhões, mas, em sua opinião, não é possível comparar resultados em países com características econômicas e culturais tão distintas, onde o futebol não mobiliza a população com a mesma intensidade. A sua expectativa é de que, no Brasil, os ganhos serão maiores do que os conseguidos na África do Sul, que sediou o último Mundial.
Já Lamartine da Costa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), destacou que todo impacto na economia é progressivo e que, por isso, não é possível mensurá-lo no curto prazo. "Apenas agora estão sendo quantificados os ganhos (da Olimpíada) em Barcelona, de 1992", destacou.
Embratur
Mas, no governo, a preocupação já é em prolongar os ganhos e multiplicá-los no turismo daqui para frente, diz o presidente da Embratur. Passado o evento, o governo iniciará um programa de incentivo a viagens domésticas e de atração de estrangeiros ao País. Ele ressaltou a entrada de divisas com o setor em 2013, de US$ 6,7 bilhões, de acordo com dados do Banco Central.
A principal crítica dos especialistas presentes ao painel, entretanto, não focou no legado econômico do mundial de futebol, mas no modelo adotado pela Fifa e, principalmente, na relação da Federação com o governo. "O que resta é o impacto desse evento para as relações internacionais. O COI (Comitê Olímpico Internacional) já acordou para isso. A Fifa, não sei", disse Costa.
Trengrouse acrescentou que a relação entre a organização do evento e o Estado deve ser alterada para que os governos consigam desenvolver suas agendas próprias e não as impostas pela Fifa. A opinião do especialista da FGV é de que o governo brasileiro deveria ter aproveitado a oportunidade para exigir a discussão de problemas crônicos do futebol brasileiro, para permitir que o esporte impulsionasse ainda mais a economia.
Ele reclamou, por exemplo, da falta de investimentos para que a população pudesse assistir aos jogos de uma forma diferente daquela como assistiu a outras Copas. "Por que não se investiu em uma experiência diferenciada para o povo brasileiro?", questionou.
A Secretaria de Imprensa da Presidência respondeu que foi oferecido aos brasileiros um número de ingressos para assistir os jogos nos estádios maior do que o disponibilizado aos estrangeiros e também que não cabe ao governo propor alterações nas condições de trabalho da Fifa.
Apesar da divulgação de números favoráveis à Copa, especialistas dizem que ainda é cedo para calcular o legado econômico do evento
Novidades
-
• CNA defende o agro como solução para enfrentar o aquecimento global
O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço, defendeu, na sexta (20), o reconhecimento da agropecuária como parte da solução para o enfrentamento do aquecimento global.
• Senado realiza terceiro debate sobre reforma tributária nesta segunda-feira
Senado realiza nesta segunda-feira (23), a partir das 15h, a terceira sessão de debates temáticos sobre a PEC 110/2019 — proposta de emenda à Constituição que trata da reforma do sistema tributário nacional.
• Confiança do comércio cresce 4,3% em agosto, diz CNC; alta é a 3ª consecutiva
De acordo com a CNC, o bom desempenho de agosto foi impulsionado por expectativas positivas para as vendas do Dia dos Pais e para a melhora da economia em geral.
• Por apoio à reforma do IR, governo negocia propostas que liberam mais R$ 6,5 bi a prefeituras
BRASÍLIA - Em troca do apoio dos municípios à proposta que reformula o Imposto de Renda, o governo acertou a aprovação de um conjunto de propostas que resultarão em transferência adicional de R$ 6,5 bilhões ao ano às prefeituras, disse ao Estadão/Broadcast o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. No entanto, apesar do movimento, os deputados votaram, pela terceira vez, pelo adiamento da proposta.
• Receita Federal alerta sobre golpe em empréstimo ou financiamento
Receita Federal identificou um novo tipo de golpe aplicado com o nome da instituição. Trata-se de uma notificação postal falsa, na qual é exigido o pagamento de IOF para desbloqueio de valores de empréstimo em instituição financeira.
IOF é o Imposto sobre Operações Financeiras, relativos a crédito, câmbio e seguros, ou títulos e valores mobiliários. • Câmara aprova MP que altera regras trabalhistas e renova programa de redução de jornada A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (12) a Medida Provisória (MP) 1045/21, que renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores. As regras valem para quem tem carteira assinada e para os contratos de aprendizagem e de jornada parcial. Agora a matéria será enviada ao Senado. • STF permite cobrança de diferencial de alíquota de ICMS no Simples Nacional STF irá permitir cobrança de diferencial de alíquota de ICMS no Simples Nacional • Setor produtivo comemora aprovação do Refis pelo Senado O setor produtivo comemorou, na última quinta-feira (5/8), a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 46/2021, batizado de Refis da Covid. A proposta prevê a reabertura do Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp), de 2017, e é válido para empresas do Simples Nacional, inclusive as que estiverem em recuperação judicial. • Senado aprova parcelamento de dívidas fiscais de micro e pequenas empresas Por 68 votos favoráveis e nenhum contrário, os senadores aprovaram, nesta quinta-feira (5), substitutivo do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) que permite o pagamento em até 15 anos das dívidas das micro e pequenas empresas com a União, inclusive de microempreendedores individuais. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 46/2021, que apresenta tabelas com condições e critérios diversos para a renegociação das dívidas, segue agora para análise da Câmara dos Deputados. • Pequenos negócios respondem por 72% dos empregos gerados no país Os pequenos negócios apresentaram um saldo positivo de 2.094.812 empregos com carteira assinada, o que significa 71,8% das vagas criadas no país.