Banner
Notícias
Rodrigo Bertozzi
Em um cenário enfraquecido pela recessão econômica, o ritmo dos negócios vem sendo bastante afetado, principalmente entre as pequenas e médias empresas. De acordo com recente pesquisa do Serasa Experian, mais de 3,5 milhões de empresas brasileiras estão inadimplentes – aproximadamente 50% do total das empresas ativas no Brasil. O setor do comércio lidera o ranking, em parte por conta de seu crescente papel na cadeia de consumo, seja como atacadista ou varejista, além de ser hoje o principal setor empregador do país.
Por isso, é preciso atenção! Se sua empresa já enfrenta dificuldades financeiras, quais as saídas para evitar que ela “entre no vermelho”? Buscar recursos e financiamentos a fim de mantê-la de pé são boas alternativas, mas o empreendedor precisa levar em consideração se o pagamento total ou mesmo de parte da dívida da empresa não fará despencar sua margem de lucro e apertar demais o seu capital de giro.
O desafio para pequenas e médias empresas é grande. A carga tributária no país é das mais altas do mundo e a disponibilidade de crédito também não é abundante, sem falar nos juros altíssimos que são praticados hoje. Para que o empresário não chegue ao limite de seus esforços para tocar o negócio, uma das opções mais promissoras são as parcerias com fundos de investimentos, que estão de olho em boas oportunidades de negócios. São eles que podem dar aporte financeiro e operacional às pequenas e médias empresas a fim de ajudá-las a sair da crise e alavancar o crescimento.
Mesmo que o empresário tenha reservas próprias para alavancar seu empreendimento, é mais recomendável usar o capital de fontes externas. Não apenas porque o capital de casa é mais caro, mas também porque, muitas vezes, ao financiar a expansão com recursos externos, o crescimento destrava. A participação de um fundo de investimentos nesse processo é uma alternativa aos empréstimos bancários cada vez mais caros e restritivos. O investidor exigirá, em troca do aporte, uma participação societária.
Mas e se a empresa já estiver no vermelho e isso esteja dificultando a entrada de investidores com boas propostas? Uma solução rápida é desfazer-se de alguns ativos – terrenos, veículos –, e mudar o local da sede da companhia, para resgatar parte do capital financeiro. Na parte gerencial, é preciso fazer um diagnóstico detalhado da situação, traçar estratégias e negociar dívidas com fornecedores. Buscar profissionais de mercado também ajuda, assim como contratar consultorias que possam levar boas práticas ao negócio. E o mais importante: para que acionistas e parceiros como fundos de investimentos ou mesmo empresas maiores (no caso de fusão) tenham interesse em investir e levantar a empresa, é urgente mudar a gestão do negócio.
Os pequenos e médios empresários (muitos ainda mantêm “vícios” na gestão da empresa familiar, por exemplo) devem estar antenados quanto às novas soluções que o mercado oferece. É preciso reinventar o antigo modelo de pegar um dinheiro caro e de curto prazo para “apagar incêndios”, como é o caso do empréstimo bancário.
Os aportes de recursos por meio de venture capital ou private equity são uma boa alternativa de financiamento. Muito utilizados nos EUA, consistem fundamentalmente em oferecer aporte temporário de verba e participação no capital de empresas com potencial de crescimento e expectativa de grande valorização.
Mais do que a atual situação da empresa, investidores estão sempre em busca de empreendedores comprometidos; com visão de longo prazo e desejo de evoluir. Eu e meus sócios na B2L somos conselheiros de empresas de pequeno, médio e grande porte de diversos segmentos e realizamos as conexões entre empresários e investidores, inclusive internacionais. Por isso, reafirmo que nossos empresários precisam com urgência conhecer as novidades que o mercado oferece para não verem suas empresas “no vermelho”. É fundamental que procurem e tenham acesso ao capital para financiar seu plano de negócios. Muitos já aderiram. Lembro que, de acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), foram R$ 100 bilhões em capital comprometido no país, somente no ano passado.
Reinventem seu modelo de negócio e assim estarão mais fortes para enfrentar as turbulências da economia.
O desafio para pequenas e médias empresas é grande
Novidades
-
• Veja quatro ações que você pode fazer para motivar funcionários no fim do ano
Com a aproximação do final do ano, é importante promover ações dentro da empresa que possam motivar seus funcionários para começar o ano seguinteccccc
• Recebimento em espécie a partir de R$ 30 mil terá que ser declarado
Secretaria da Receita Federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) instrução normativa (IN) que torna obrigatória a prestação de informações das operações em valores iguais ou superiores a R$ 30 mil, cuja liquidação ocorra em moeda em espécie. A IN já está em vigor, mas só produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro de 2018.
• Crédito especial para microempreendedor individual é aprovado na Comissão de Finanças
A Comissão de Finanças e Tributação aprovou a criação de linha de crédito especial, com taxas de juros subsidiadas pelo governo, para estimular a atividade do Microempreendedor Individual (MEI).
• Imposto de Renda terá de ter CPF de dependentes a partir de 8 anos
Na declaração do imposto de renda do ano que vem, os dependentes a partir de 8 anos de idade vão precisar ter CPF. Agências dos Correios, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil têm convênio com a Receita Federal, emitem o CPF e cobram R$ 7.
• Receita Federal está em busca dos contribuintes que guardam fortunas em casa
A Receita Federal está intrigada com um novo fenômeno entre os contribuintes do país: a “síndrome de Tio Patinhas”. Assim foi informalmente batizado o hábito de alguns brasileiros de guardar verdadeiras fortunas – dignas de ornar o cofre do mais rico pato dos quadrinhos – em casa. Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO sob a condição de anonimato, cerca de 140 pessoas declararam ao Fisco que mantém pelo menos R$ 10 milhões em espécie debaixo do colchão. A cifra chamou a atenção dos auditores, que suspeitam de transações ilegais, corrupção, propina e sonegação.
• Contabilidade tributária: entenda mais sobre o assunto
A contabilidade tributária é uma prática que pode fazer toda a diferença dentro de qualquer empreendimento. Também conhecida como contabilidade fiscal, ela é responsável por apurar e conciliar os tributos, permitindo assim uma melhor relação da empresa com o fisco.
Para saber melhor como ela funciona e de que forma é possível aplicá-la dentro de um empreendimento, siga acompanhando este texto.
• Entenda a importância de um planejamento tributário em uma empresa Praticamente todos os tipos de empresa precisam das habilidades de um contador, desde a menor até a maior. Uma dessas habilidades tem a ver com a elaboração do planejamento tributário. • Novo formato do Simples Nacional pode mudar enquadramento de atividades Por contas das mudanças que virão no Simples Nacional para o ano de 2018, além das mudanças dos limites de faturamento, da cobrança do ICMS e ISS por fora do DAS para quem passar o sublimite estabelecido em seu estado, e as novas tabelas • Cinco passos para cobrar na boa aquele amigo que está devendo dinheiro Seu amigo pediu dinheiro emprestado, você não conseguiu falar "não" e agora falta coragem para cobrar a dívida? A situação é delicada, mas ser sincero e oferecer alternativas de pagamento podem ajudar a pedir o dinheiro de volta sem perder o amigo. • Dono de empresa não pode culpar contador por sonegação fiscal O contribuinte empresário tem o dever de zelar pelo recolhimento dos tributos