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O novo ajuste fiscal, confirmado no primeiro mês de 2015, traz uma série de consequências para os contribuintes em geral. Para as empresas, os aumentos têm um impacto sobre os negócios e devem ser geridos ainda com maior atenção pela contabilidade. O aumento de tributos como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), que atua tanto sobre importação, como sobre a comercialização do petróleo e de seus derivados, faz com que o preço do combustível suba e isso implica alterações de valores na etapa de transporte dos produtos.
Esse é um exemplo de mudanças que acarretam custos para muitos empresários, isto é, para provavelmente alguns de seus clientes. Entenda melhor que outros impactos na contabilidade os clientes podem sofrer com o ajuste fiscal de 2015:
O IR e a inflação
Há anos existe uma discrepância entre o que é recolhido dos contribuintes de acordo com a tabela de Imposto de Renda e o aumento de preços em decorrência da inflação. De acordo com informações publicadas no site do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco Nacional), o reajuste de 6,5%, sugerido pelo Congresso, foi vetado pelo Palácio do Planalto. Embora ainda não se saiba qual será a porcentagem do reajuste, ou se ao menos haverá um, esse acontecimento delineia um cenário ainda mais difícil para os contribuintes.
Mesmo quem foi beneficiado com reajustes no ordenado em equivalência com a alta dos preços, acaba por ter uma parte do que recebe mais comprometida com IR, já que agora novamente não haverá um reajuste da tabela à altura da inflação. Isso significa uma diminuição do poder de compra dos consumidores e se traduz numa estagnação do consumo, gerando consequências para o faturamento das empresas.
Quedas nas vendas
O conjunto de medidas que compõem o ajuste fiscal vem junto de um aumento da conta de energia e essa é mais uma conta a ser paga pelos contribuintes. A razão é a promessa de ajuda do governo às companhias de produção de energia elétrica.
Sendo a eletricidade um fator indispensável à produção das mais variadas mercadorias e da prestação dos mais diversos serviços, é certo que isso influencia as finanças das empresas. Seus clientes podem ter que enfrentar, para além dos aumentos dos custos de produção — que irão interferir no preço final dos produtos ou serviços —, um mercado consumidor mais desconfiado, cauteloso e isso culmina em quedas nas vendas, com desdobramentos que podem chegar ao aumento da inadimplência.
Um contexto mais delicado
A economia nacional já não apresentou crescimento no ano de 2014. Para 2015, com o ajuste fiscal despontando em meio à uma crise de abastecimento de água, o contexto fica ainda mais delicado. Mais do que nunca é preciso formular planejamentos tributários eficientes, que levem em consideração os percalços financeiros previstos para o ano presente. Para além disso, estabelecer objetivos firmes na gestão contábil, frequentemente posicionando-a como uma área estratégica a favor dos negócios dos clientes.
A produção pode cair
O impacto do ajuste fiscal não tem apenas efeitos sobre o consumo. A produção pode também sofrer uma queda por ausência de estímulos econômicos favoráveis e em consequência do aumento dos custos necessários para se produzir — esses últimos aumentam em função do encarecimento das contas de água, combustível e energia, três fatores de peso na produtividade.
O ambiente econômico, que já vinha sendo marcado pela desaceleração no ano anterior, passa a refletir incertezas e apresentar-se inapropriado para determinados investimentos. Tudo isso obriga as empresas a exercerem o máximo controle sobre suas finanças, com uma previsão acurada sobre o pagamento dos impostos e tributos, diminuindo as possibilidades de lidar com situações emergenciais e evitando ao máximo descontroles e desperdícios financeiros.
O novo ajuste fiscal, confirmado no primeiro mês de 2015, traz uma série de consequências para os contribuintes em geral
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