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Autor: Pedro André Dias
Recentemente, o SPC Brasil divulgou uma pesquisa com uma variedade de entrevistados com todos níveis de renda, e apontou que 81% tem pouco ou nenhum conhecimento sobre controle das finanças pessoais. Não se admire, cerca de 47% das famílias no Brasil estão endividadas. Ao contrário do que você deve estar pensando, este índice não recai sobre as classes mais pobres, e é muito eclético as faixas salariais das famílias.
As desculpas são as mais variadas: falta de tempo, dificuldade em reunir documentos e informações, dificuldade de lembrar o que foi pago, etc. É aquele velho clichê de que você deve se planejar, ter uma planilha e tudo mais – pois bem, é isso mesmo. É como emagrecer, não existem milagres, é um esforço e uma mudança de comportamento que exige comprometimento ou sofrer duras penas e se confortar com justificativas velhas e desgastadas.
Este imediatismo tem comprometido as finanças das pessoas, ao passo que muitas sequer sabem quanto pagam mensalmente, com seus controles “de cabeça”, e não fazem nenhum planejamento para realizar compras, “se a parcela cabe no salario, vamos às compras!”. Somos um dos países que tem uma alta carga tributária, não obstante também temos as maiores taxas de juros do mundo. Isso tudo somado ao imediatismo, resulta em dores de cabeça financeiras, que se arrastam por anos.
Não sou fã de soluções ou dicas que prometem resolver sua vida em “7 passos para o sucesso” ou “10 dicas para enriquecer”, mas devo consentir que é fundamental que você estruture suas finanças, ainda que sejam simples, um bom controle começa do mínimo possível. Você deve definir objetivos e prioridades, não é normal nem saudável não sobrar nada no fim do mês, você deve ter o seu “dizimo” pessoal, destinar 10% para uma reserva, não comprometer mais do que 50% do que ganha em custo de vida fixo, e evitar ao máximo o endividamento de cartões de crédito e financiamentos. Investir em um imóvel financiado, para evitar pagar o aluguel pode ser uma boa tática, mas veja o momento certo para fazê-lo e organize-se para que suas emoções não controlem seu dinheiro. O dinheiro é ótimo servo e péssimo senhor.
Educação financeira deveria fazer parte da grade curricular desde as séries fundamentais, assim como matérias sobre legislação, visto que utilizaremos mais isso em nossa vida, do que qualquer outra coisa. O comportamento financeiro é desenvolvido desde que somos pequenos com hábitos muitas vezes imperceptíveis. Não é de se admirar sabermos de inúmeros ganhadores da loteria que ficaram pobres, ou ainda herdeiros milionários que passam a míngua após fracasso nos negócios.
Sem positivismo, e nem frases de efeito, mas a hora para você começar a se organizar não é mês que vem, nem inicio do ano, o momento é agora. Quanto antes você se determinar a estudar mais sobre finanças e investir tempo e organização a sua vida financeira, melhor será sua percepção da realidade e projeção para uma qualidade de vida. Ganhar muito dinheiro não é a formula para o sucesso, mas sim saber não ser escravo dele.
Recentemente, o SPC Brasil divulgou uma pesquisa com uma variedade de entrevistados com todos níveis de renda
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