Banner
Notícias
Bárbara Libório
Indecisão, prepotência e falta de visão e até o mau humor são algumas das características pessoais que podem fazer com que indivíduos saiam do caminho que traçaram para suas carreiras e não executem bem suas decisões. A opinião é da professora e pesquisadora de Harvard, Francesca Gino, autora do livro "À Risca" (editora Da Boa Prosa).
“Muitas vezes existem ambiguidade e incerteza nos nossos empregos, e por isso nem todos os detalhes das decisões ou do contexto que estamos enfrentando são claros ou previsíveis. No entanto, as forças que inviabilizam as decisões das pessoas são previsíveis: eles sistematicamente intervêm para influenciar o comportamento. Mas também são inesperadas: as pessoas geralmente não percebem que estas forças influenciam as suas decisões”, afirmou a escritora italiana em conversa com o iG.
Veja as dicas de Francesca Gino para não desviar da rota:
CONHEÇA BEM OS DESAFIOS
Já tomou uma decisão ou traçou um plano? Pois bem. Segundo a autora, existem três conjuntos de forças que explicam como as pessoas saem da rota: as forças internas, as forças de nossos relacionamentos com os outros e as forças do mundo exterior.
As forças de dentro incluem fatores que residem na mente. “Os exemplos incluem as crenças das pessoas indecisas e excessivamente positivas sobre suas habilidades e competências, as emoções causadas por eventos não relacionados com a decisão, e um foco excessivamente estreito para avaliar as informações”, explica.
Já as forças de relações referem-se a fatores que caracterizam os laços e interações com os outros. “As pessoas são seres humanos sociais, e as relações são benéficas para o seu bem-estar. No entanto, os laços com os outros muitas vezes inviabilizam suas decisões devido a vários fatores, como a dificuldade de entender a perspectiva dos outros e as comparações que fazem entre outros e a si mesmos”, diz Francesca.
As forças do mundo exterior referem-se a fatores situacionais que desviam as decisões das pessoas, como o contexto em que as pessoas operam.
NÃO SE SUPERESTIME
Segundo a professora, as pessoas colocam muito peso sobre suas opiniões e muito pouco peso sobre a perspectiva dos outros. Além disso, têm opiniões excessivamente positivas sobre suas habilidades.
“A maioria das pessoas quer se mostrar como seres humanos competentes, eficazes e honestos. No entanto, mesmo quando elas estão totalmente comprometidas a agir de acordo com suas melhores intenções, alcançam resultados que têm pouca semelhança com seus objetivos iniciais”, afirma.
De acordo com Francesca, o melhor remédio para isso é aumentar sua própria consciência e elevar sua autocrítica. "Esse princípio também o ajudará a ser mais aberto às perspectivas e recomendações dos outros", diz Francesca em seu livro.
MEÇA SUA TEMPERATURA EMOCIONAL
Você já deixou de ouvir uma boa sugestão de um colega simplesmente porque estava de mau humor? Essa consciência emocional é importante quando estamos lidando com tomada de decisão.
As emoções causadas por eventos não relacionados com uma decisão podem influenciar sua execução. Segundo a autora, “conhecer melhor sua temperatura emocional pode melhorar as previsões sobre como você vai abordar decisões futuras e como suas emoções vão afetá-las”.
AMPLIE O FOCO
Muitas vezes, as pessoas se concentram demais em um determinado ponto de vista, e falham em ver o plano maior, incluindo papéis de outras pessoas, o que faz com que percam detalhes importantes.
“Ao aumentar o foco, você pode incluir informações mais relevantes em seu processo de tomada de decisão”, diz Francesca.
ATENTE-SE AO PONTO DE VISTA DAS OUTRAS PESSOAS
“As decisões que tomamos ao seguirmos nossos planos podem facilmente sair dos trilhos pela nossa incapacidade de assumir a perspectiva alheia”, diz a autora em seu livro.
Portanto, quando estiver lidando com decisões que envolvem outras pessoas, tente analisá-las do ponto de vista delas.
Também atente-se aos seus laços e tenha certeza que está seguindo seus próprios planos, e não os que os outros impuseram a você.
Ter controle emocional e uma visão mais ampla, que leva em consideração o ponto de vista dos outros, ajudar a manter o plano de carreira, ensina autora de livro "À Risca"
Dicas
-
• 5 ações motivadoras na gestão de talentos
Confira sempre o nível de disciplina e persistência da sua equipe. Afinal, estes dois ingredientes é que vão ligar o sonho à realização
• Cinco lições sobre o pequeno mundo dos negócios que você deve aprender
Esperar o inesperado e adaptar-se: empresária ensina novos empreendedores a se preparem para surpresas e obstáculos
• Trabalhar até os 80 - Você está preparado?
Projeto de lei pretende tornar a contratação de pessoas com mais de 60 anos atraente para as empresas. E incentivar os aposentados a uma nova carreira
• Mudar é uma questão de escolha. E aí, vai encarar?
Recebi e-mail de uma antiga aluna que reclama não encontrar mais desafios naquilo que faz
• Mudar é uma questão de escolha. E aí, vai encarar?
Recebi e-mail de uma antiga aluna que reclama não encontrar mais desafios naquilo que faz
• 9 coisas bobas que roubam as suas energias – e que você deveria parar de fazer
Atire a primeira pedra quem nunca sofreu por uma bobagem como se algo extremamente sério estivesse acontecendo. Todo mundo já fez drama por algo que não era tão importante, estragou o próprio dia por uma bobeira e só depois percebeu que exagerou (ou nunca percebeu).
• Você nunca olhará para trás, uma vez que alcançar o sucesso, querendo ter evitado o desconforto que você teve naquele momento
O custo da grandiosidade é a dor. O custo da liberdade é a perda. O custo de seguir em frente é tentar e fracassar e tentar novamente. Você não pode ter mais se não tiver menos inicialmente.
• Terceirização: Tendência nas relações trabalhistas
Processo considerado inevitável pela maioria dos especialistas neste tema, a terceirização é uma tendência que ocorrerá gradualmente no Brasil
• Aprenda a superar seus pontos fracos no trabalho
Você tem alguns pontos fracos que gostaria de melhorar para desenvolver um trabalho melhor?
• Menos humanos, mais humanidade: o futuro do atendimento
As máquinas são o futuro do atendimento? Com tantos dados apontando para um atendimento ao cliente cada vez mais automatizado, qual o papel das relações humanas no processo?