Banner
Notícias
Alexandre Slivnik
A crença de que existe o profissional de segunda a sexta e de que a felicidade está nos momentos que sobram, pode gerar procrastinação, baixa produtividade e apatia. Isso é comum em todas as áreas do mercado atual.
Existem organizações que procuram motivar seus colaboradores apenas com bônus e altos salários e julgam que eles entregarão a vida pessoal de bandeja por isso. Pior ainda, oferecem dinheiro enquanto faltam perspectivas de crescimento, e usam a pressão para fazer com que os colaboradores deem resultado. Essas organizações correm o risco de acompanhar uma epidemia de desmotivação, que gera perda de clientes e baixa lucratividade, sem falar que a saída de talentos é um prejuízo em si. Você contrata alguém, investe em treinamentos, e, depois de um tempo, se o talento não estiver identificado com a missão da empresa, ele sairá, e você terá perdido tempo, dinheiro e, em especial, alguém que poderia ajudar a mudar o rumo da empresa.
Muitas organizações ainda não perceberam que investir na felicidade de seus colaboradores é estratégico. Segundo um estudo publicado pela revista inglesa management Today, pessoas infelizes são 40% menos produtivas enquanto as felizes são, em geral, mais bem-sucedidas no trabalho e conseguem alcançar o dobro da produtividade.
O turn over, ou a evasão de talentos, também é outra consequência, uma vez que quem tem sede de sucesso e felicidade está saindo das organizações que não os valorizam em busca do próprio caminho. Os colaboradores entendem a importância da felicidade e estão dispostos a correr atrás dela, seja encontrando oportunidades melhores oportunidades, empreendendo ou mudando radicalmente de vida. Adaptar-se a essa nova realidade é fundamental para ser uma organização de sucesso, reconhecendo talentos e investindo de forma constante em diferenciais.
Não estou dizendo que os profissionais estão trocando a remuneração em dinheiro por remuneração em “ felicidade”. O que quero deixar claro é que o dinheiro sozinho não basta mais. Na verdade, as pessoas estão querendo tudo ao mesmo tempo, e as organizações que não reagirem a isso ficarão para trás. Os profissionais estão mais exigentes e menos dispostos a deixar a qualidade de vida de lado, põem dar o sangue pela empresa, mas querem também prazer, não pensam em alegria como algo a ser conquistado somente na aposentadoria. Fica com os melhores profissionais quem oferece um caminhão completo do “ baú da felicidade” agora.
As pessoas querem trabalhar para alimentar sua sede de crescer, fazer a diferença, dizer que executam algo bem –feito e destacar-se profissionalmente. Quando se faz o que se gosta e aquilo que acredita, os ganhos seguem atraídos pela nossa energia. Até mesmo pessoas de grande sucesso, que chegam aos milhões de dólares, podem fracassar e ser infelizes, se o dinheiro for a única coisa que importa. E mais, “ ostentar” (palavra da moda) não significa “ser. Felicidade não é aquilo que se aparenta. Felicidade é aquilo que o move a acordar todo dia e colocar amor no que faz. Quem não está verdadeiramente feliz tem mais dificuldade de fazer o que e preciso com dedicação.
Pessoas felizes produzem mais e se dedicam mais. Por isso, é fundamental que as organizações forneçam um ambiente agradável e acolhedor para seus colaboradores. Portanto, se você lidera um time e ainda não percebeu que a felicidade das pessoas que trabalham para você é importante para garantir os resultados esperados, apresse-se! Você pode estar prestes a perder muito com isso. Talvez ninguém tenha pedido demissão, talvez seus lucros não estejam afetados, mais assim esteja pairando no ar um clima de infelicidade. Essa é uma das maiores ciladas. Talvez as pessoas estejam falando mal da organização pelas costas, mas não saem porque precisam do salário e ainda não tem motivação suficiente para mudar. Ainda não descobriram como encontrar satisfação no trabalho, estão perdidos. E aqui pode estar a sua chance de reverter o jogo!
Profissionais de sucesso não são como hamsters que ficam dando voltas em uma rodinha dentro de uma gaiola. Eles são pessoas livres, autoconfiantes e preparadas para ser feliz. Não adianta tentar prende-los, pois já conhecem o segredo da fechadura.
Alexandre Slivnik é autor do best-seller O Poder da Atitude, sócio-diretor do Instituto de Desenvolvimento Profissional (IDEPRO), diretor-executivo da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD).
A crença de que existe o profissional de segunda a sexta e de que a felicidade está nos momentos que sobram, pode gerar procrastinação, baixa produtividade e apatia. Isso é comum em todas as áreas do mercado atual.
Dicas
-
• 12 dicas infalíveis para se tornar uma pessoa resiliente
Você é estressado e tem hábitos autossabotantes? Vive intoxicado pelas próprias atitudes tomadas no dia a dia? Então, conheça a resiliência e veja como ela pode ser útil em sua vida
• Onde você se vê daqui 100 anos?
Para muitas pessoas, sucesso é sinônimo de dinheiro no bolso, mas será que essa é mesmo a melhor definição de sucesso?
• 14 maneiras de ser mais feliz no trabalho
Vamos nos tornar pessoas e profissionais melhores, começando com as 14 maneiras de ser mais feliz no trabalho.
• Insatisfação do consumidor: é melhor prevenir do que remediar
Quão melhor for a relação da empresa com seu cliente, maiores são suas chances de fidelizá-lo
• As armadilhas da liderança
A frase do Peter Drucker ainda continua sendo muito poderosa: “As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos”
• Dicas para falar com objetividade
Comunicação é a base de tudo!
• Dois exercícios para repensar a motivação em vendas
Só que a coisa geralmente é tratada de maneira muito superficial. O problema da motivação superficial é que ela rapidamente se esvai. Então quero propor uma série de exercícios para fomentar a motivação do jeito correto.
• 10 atitudes positivas para o sucesso profissional
Costumo dizer em treinamentos e consultorias que, na maioria das vezes, os profissionais são demitidos por más atitudes e não por deficiências técnicas ou maus resultados.
• Por que atitude é mais importante que inteligência?
Será que o sucesso só existe para pessoas inteligentes? Descubra abaixo que sem atitude você não vai para lugar algum e que vale a pena se arriscar
• Empresas poderão fazer acordos trabalhistas
Sua empresa tem ação tramitando na Justiça do Trabalho e quer conciliar? O prazo para apresentar os processos que serão alvo de acordos ao longo da Semana Nacional da Conciliação Trabalhista vai até o dia 13 de maio.