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Atualmente, estão entrando no mercado de trabalho pessoas nascidas na segunda metade da década de 90. É a chamada geração Z, que tem uma faixa etária de 16 a 20 anos.
Uma pesquisa recente, realizada pela empresa de consultoria e pesquisa Millennial Branding com jovens de dez países, incluindo o Brasil, mostra que a maioria desses novos profissionais é menos motivada por altos salários, por exemplo, do que a geração anterior, a Y. Eles preferem ter oportunidades de crescimento e um ambiente agradável de trabalho.
Nas empresas, a chegada de uma nova geração implica em pessoas de diferentes idades, costumes e estilos trocando experiências, gerenciando conflitos e vivendo no mesmo ambiente de trabalho. De acordo com o consultor da Mega Empresarial, Roberto Vilela, antes de qualquer coisa, é preciso não generalizar.
“Muito se fala na divisão das gerações: baby boomer, Y e Z. Mas cada individuo é diferente e não se pode deixar que as características gerais engessem todas as pessoas de determinada geração”, ressalta.
De Y para Z
Embora as gerações Y e Z sejam bastante próximas em termos de idade, as diferenças entre elas são grandes.
A geração Y, que representa as pessoas nascidas no fim da década de 1970 e início dos anos 1980, é encantada com os recursos tecnológicos, por exemplo.
"Como muitas pessoas visualizaram as transformações que a tecnologia trouxe, conseguem estabelecer um comparativo entre o antes e o depois. Por isso, valorizam e enaltecem essas novas ferramentas", comenta.
Já para a geração Z, que nasceu na efervescência da tecnologia e não sabe como era viver longe dos bytes, a utilização destes recursos é absolutamente natural.
Também por conta desta proximidade com todos que a internet traz, com as redes sociais especialmente, os integrantes da geração Z têm mais dificuldades de entender e lidar com a hierarquização nas companhias.
"Se ele adicionou o presidente da empresa numa rede social e sabe da sua família e dos seus gostos pessoais, o profissional Z entende que tem abertura para se reportar diretamente ao executivo mais importante da companhia. E muitas vezes há gerentes e coordenadores que precisam ter seus espaços respeitados", afirma.
A geração Z também chega ao mercado com um alto nível de exigência em relação às oportunidades que a empresa vai trazer. Mas tudo para estes profissionais é mais urgente.
"O plano de carreira precisa estar alinhado, formatado e disponível. Já no primeiro dia, o profissional Z quer saber qual é o ponto mais alto e quais são os degraus que ele deve atingir para chegar lá da maneira mais rápida possível", explica o consultor.
Por fim, o ambiente de trabalho em nada pode lembrar monotonia ou controle excessivo. Para Roberto, o desafio é fazer com que essa geração tenha liberdade para trabalhar e, ao mesmo tempo, que tenha foco.
Estratégias para driblar as dificuldades
Uma das maiores dificuldades para estes profissionais tão imediatistas é saber lidar com as expectativas. Por isso, segundo Roberto, as metas a médio e longo prazo podem ser uma armadilha.
“Não posso dizer para um individuo da geração Z que se ele atingir a meta, daqui a um ano ganha uma viagem internacional. Para ele, um ano é muito tempo", diz.
A sugestão é que as metas sejam fracionadas.
"No tempo de um mês, no máximo. Há empresas que já adotam metas semanais para conseguir manter a equipe motivada", destaca.
Além disso, o feedback é fundamental. Todos os colaboradores precisam receber retornos sobre o seu desempenho. Mas, no caso da geração Z, essa necessidade é ainda mais latente.
"Como têm um desejo de ascensão rápida, eles querem saber se estão sendo relevantes para a empresa e onde podem melhorar", comenta Roberto.
Para concluir, o consultor ressalta que todas as gerações têm muito a aprender e ensinar.
“Se você souber alinhar sua forma de gerir com as diferentes pessoas, para conviver com essas características, você vai tirar bons resultados desses colaboradores, porque eles estão disponíveis a encarar qualquer desafio”, finaliza.
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