Banner
Notícias
Autor: Fernanda Perrin
A indústria foi o primeiro setor a sentir o impacto da recessão e também deve ser o primeiro a sair dela. Analistas acreditam que a produção industrial teve forte recuperação no segundo trimestre do ano e deverá repetir esse desempenho no terceiro, embora em ritmo mais lento.
A retomada é puxada pela produção de bens de capital, sobretudo de equipamentos de transporte industrial. Na comparação entre junho deste ano e junho do ano passado, o indicador cresceu 11,3%, de acordo com o IBGE.
A melhora desse segmento, ligada ao investimento em capacidade de produção, antecipa uma perspectiva de recuperação nos próximos meses. As indústrias de alimentos, aparelhos elétricos, bebidas e calçados também registraram melhoras significativas, afirma Rodolfo Margato, economista do Santander.
O mesmo não acontece em cadeias mais pesadas, como a indústria automobilística, que ainda trabalham com capacidade ociosa elevada.
A normalização do volume de estoques, o aumento das exportações e a substituição de importações foram os motores da recuperação da produção até agora, afirma Aloisio Campelo, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas.
DEMANDA FRACA
Um crescimento sustentável, contudo, depende da retomada da demanda interna, que acontece a um ritmo mais lento do que o esperado pelo empresariado, diz Campelo. Outra má notícia é a apreciação do real frente ao dólar, que encarece as exportações.
Esses fatores devem frear o aumento da produção nos próximos meses, depois do passo acelerado observado no último trimestre. O IBGE divulgará nesta quarta (31) estatísticas sobre o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre.
Embora a produção industrial tenha aumentado em cinco meses seguidos, ela subiu em julho apenas 0,12% em relação a junho e ainda se encontra em nível 7,2% inferior ao de julho do ano passado, segundo levantamento feito pela FGV em parceria com o The Conference Board.
Índices que procuram medir as expectativas dos industriais sugerem estabilização. O índice calculado pela FGV para o setor passou de 67,9 pontos em julho de 2015 para 89 pontos em julho deste ano. Em agosto, caiu para 87,3.
"Há um efeito subjetivo de melhora das expectativas provocado pelo início do governo do presidente interino, Michel Temer", afirma Campelo. "Com a consolidação do governo e o ritmo lento de vendas, vemos uma acomodação. Voltamos à vida real."
FÔLEGO
Para Caio Megale, economsita do Itaú Unibanco, a melhora dos índices de confiança e das expectativas não parece ter fôlego para sustentar uma retomada no longo prazo, que vai depender de avanços concretos nas medidas de ajuste fiscal prometidas por Temer e da queda dos juros.
O banco calcula uma retração de 0,6% do PIB no segundo trimestre e entre -0,5% e zero no terceiro, diz o economista Rodrigo Miyamoto. A melhora na indústria não é suficiente para compensar o quadro ruim que persiste no comércio e nos serviços, segundo Rafael Bracciotti, da consultoria Tendências.
A trajetória de queda na área deve se manter no terceiro trimestre, refletindo a deterioração do mercado de trabalho. Enquanto o desemprego e a inflação continuarem corroendo a renda das famílias —situação que deve persistir até meados de 2017—, o nível de consumo seguirá recuando, dizem os analistas.
A retomada é puxada pela produção de bens de capital, sobretudo de equipamentos de transporte industrial.
Dicas
-
• 5 ações motivadoras na gestão de talentos
Confira sempre o nível de disciplina e persistência da sua equipe. Afinal, estes dois ingredientes é que vão ligar o sonho à realização
• Cinco lições sobre o pequeno mundo dos negócios que você deve aprender
Esperar o inesperado e adaptar-se: empresária ensina novos empreendedores a se preparem para surpresas e obstáculos
• Trabalhar até os 80 - Você está preparado?
Projeto de lei pretende tornar a contratação de pessoas com mais de 60 anos atraente para as empresas. E incentivar os aposentados a uma nova carreira
• Mudar é uma questão de escolha. E aí, vai encarar?
Recebi e-mail de uma antiga aluna que reclama não encontrar mais desafios naquilo que faz
• Mudar é uma questão de escolha. E aí, vai encarar?
Recebi e-mail de uma antiga aluna que reclama não encontrar mais desafios naquilo que faz
• 9 coisas bobas que roubam as suas energias – e que você deveria parar de fazer
Atire a primeira pedra quem nunca sofreu por uma bobagem como se algo extremamente sério estivesse acontecendo. Todo mundo já fez drama por algo que não era tão importante, estragou o próprio dia por uma bobeira e só depois percebeu que exagerou (ou nunca percebeu).
• Você nunca olhará para trás, uma vez que alcançar o sucesso, querendo ter evitado o desconforto que você teve naquele momento
O custo da grandiosidade é a dor. O custo da liberdade é a perda. O custo de seguir em frente é tentar e fracassar e tentar novamente. Você não pode ter mais se não tiver menos inicialmente.
• Terceirização: Tendência nas relações trabalhistas
Processo considerado inevitável pela maioria dos especialistas neste tema, a terceirização é uma tendência que ocorrerá gradualmente no Brasil
• Aprenda a superar seus pontos fracos no trabalho
Você tem alguns pontos fracos que gostaria de melhorar para desenvolver um trabalho melhor?
• Menos humanos, mais humanidade: o futuro do atendimento
As máquinas são o futuro do atendimento? Com tantos dados apontando para um atendimento ao cliente cada vez mais automatizado, qual o papel das relações humanas no processo?