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Economista diz ainda que cidade deve registrar perdas significativas também na quantidade de postos de trabalho e que pequenos empresários, que já não vinham bem, devem sofrer mais.
O decreto municipal que determinou o fechamento do comércio da cidade, com exceção de supermercados, farmácias e postos de combustíveis, começou a valer no domingo, 22 de março. Com validade inicial de 15 dias, acabou prorrogado, mesmo após pressões e até carreatas de empresários pedindo a reabertura. As indústrias que não trabalham com produtos essenciais também estão fechadas.
No total, já são quase 20 dias em que boa parte do comércio e outros setores deixaram de funcionar e faturar. Para entender um pouco melhor o tamanho do problema e as dificuldades que a economia de Londrina vem enfrentando, o economista e professor da UTFPR Marcos Rambalducci, elaborou um modelo de simulação para tentar trazer alguns números ao cenário de prejuízos da economia local.
Rambalducci lembra que Londrina tem mais de 80% seu PIB originado pelo setor de serviços e diz que a simulação feita por ele tem como base a perda de arrecadação diária da prefeitura em apenas dois impostos. As perdas, segundo o economista, chegam a mais de R$ 300 mil por dia ou quase R$ 10 milhões por mês.
A redução de 50%, na transferência do ICMS pelo Estado e na arrecadação do ISS-QN, utilizada no modelo de Rambaducci, foi definida a partir de uma simulação nos mesmos moldes feita recentemente na capital paulista.
Rambalducci diz ainda que o recuo do PIB de Londrina deve girar em torno de 4% na média. Outro impacto importante para a economia da cidade, segundo o economista, é em relação aos postos formais de trabalho, cujas perdas chegam a, no mínimo, 3 mil vagas em um cenário econômico que já não andava muito bem das pernas.
Marcos Rambalducci diz que quanto mais o retorno do sistema produtivo for adiado, mais a situação se agrava. Ele explica ainda que boa parte das micro e pequenas empresas da cidade, por exemplo, não consegue sobreviver sem faturamento nem por uma semana e que quem conseguir passar por esse momento vai enfrentar novas dificuldades mesmo após a reabertura do comércio.
O economista diz ainda que, como em qualquer crise, quem mais sofre são mesmo os pequenos empresários, que têm pouca gordura para queimar, e devem concentrar boa parte das falências a serem registradas nos próximos meses.
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LíderGe Contabilidade Sistêmica.
Londrina perde em média R$ 300 Mil reais por dia na arrecadação com o comercio fechado segundo o economista e professor da UTFPR Marcos Rambalducci.
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