Banner
Notícias
Renato Carbonari Ibelli
O déficit da previdência deve crescer 40% entre 2015 e 2016, saltando de R$ 88,9 bilhões para R$ 125 bilhões. Fica evidente que o modelo previdenciário atual é insustentável.
Para Nilton Molina, representante do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), a necessidade de uma reforma no sistema é urgente, e deve necessariamente envolver o fim de “privilégios” – como aposentadorias especiais e pensões.
Molina falou sobre o tema nesta segunda-feira (19/10), em reunião conjunta dos Conselhos Político e Social (COPS) e o de Economia (COE), ambos da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). “A partir de 2030 seremos um país de velhos. Temos de lidar com as consequências sociais da longevidade porque quem paga a aposentadoria das pessoas com mais de 60 anos são os mais pobres”, disse Molina.
Ele sugeriu uma transição gradual para um novo modelo, no qual os benefícios dos atuais aposentados seriam mantidos, mas aquilo que considera privilégios, acabariam.
Isso incluiria o fim das aposentadorias especiais rurais ou de professores, da possibilidade de mulheres se aposentarem com idade inferior a dos homens e de pensões, entre outros. “Uma professora se aposenta hoje com 42 anos, no auge da capacidade intelectual”, afirmou.
Sua proposta contempla a criação de um modelo uniforme para todos os beneficiários da previdência, com idade mínima de 65 anos para aposentadoria.
Sugere ainda que a correção dos benefícios tenha como parâmetro um índice de preços, não mais o salário mínimo. Além disso, a previdência seria segregada das assistências sociais.
Pela proposta de Molina, o beneficio previdenciário seria baseado no salário de contribuição, tendo como teto o valor equivalente a quatro cestas básicas (cerca de R$ 1,6 mil). Para salários acima desse teto haveria a opção da previdência complementar.
“É um assunto complicado de se tratar. Como falar em reduzir um benefício que a maioria das pessoas acredita receber pouco e contribuir muito?. A boa notícia é que o brasileiro começou a entender a dimensão do problema”, disse.
O rombo da previdência cresce à medida que o país fica mais velho. Em 1970, cerca de 4% da população brasileira tinha 65 anos ou mais. Em 2013 esse percentual subiu para 8% e, pelas projeções, em 2050 serão 23% da população.
O Brasil terá então mais idosos que a média mundial, estimada em 16% para 2050.
Os custos de manter os benefícios dessa camada da população crescem na mesma velocidade. Em 1988, a seguridade social representava 9% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados apresentados por Molina. Em 2014, passou para 22%.
Nesse período, a participação unicamente do INSS avançou de 2,5% do PIB para 8%. “O Brasil gasta 50% a mais do que o Japão com a previdência”, completou Molina.
A seguridade social representa hoje cerca de 22% do PIB, percentual que cresce à medida em que a população envelhece. O rombo da previdência atinge quase R$ 90 bilhões
Novidades
-
• Nova obrigatoriedade para o MEI na emissão de nota fiscal passa a valer no dia 2 de setembro
Nota Técnica responsável por essas mudanças também trouxe uma revisão na tabela de CFOPs
• Fenacon solicita inclusão do Simples Nacional no programa de autorregularização da Receita Federal
Programa da Receita Federal não inclui débitos no âmbito do Simples Nacional.
• Empresas desenquadradas do Simples Nacional têm que se regularizarem em janeiro
As empresas optantes pelo Simples Nacional que nos últimos 12 meses excedeu a receita bruta de R$ 4,8 milhões, ou alterou o contrato social, incluiu atividades impeditivas ou que possuem débitos, foram excluídas desta modalidade de tributação se não regularizaram a situação até o dia 31 de dezembro de 2023.
• Salário mínimo 2024 tem data revelada para pagamento do novo valor
Salário mínimo 2024 tem data revelada para pagamento do novo valor
• Governo vai ao STF para garantir tributação das subvenções do ICMS, diz Fazenda Secretário Dario Durigan diz à CNN que governo não vai abrir mão dessa receita que garante déficit zero em 2024 • eSocial e o envio dos eventos SST: o que toda empresa deve saber Esclareça algumas dúvidas sobre o envio dos eventos SST • Comissão aprova inclusão digital para idosos com recursos do Fust A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2938/23, que institui programa de inclusão sociodigital para a população idosa utilizando recursos do Fust. • WhatsApp e redes sociais já dominam comunicação empresarial, aponta estudo O WhatsApp é a plataforma de comunicação mais usada pelas empresas no Brasil. Esta é a conclusão do estudo feito pela IDC, sob encomenda da Yalo. • Questão do Fiagro ainda não está completamente resolvida, diz relator do PL das offshores Deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) reuniu-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad • Imunidade do ITBI em transferência de bens de família para holdings Fazer a transferência de imóveis para uma holding patrimonial é possível, mas não é simples.